O boletim epidemiológico deste domingo (15) não registrou óbito por Covid-19 na Bahia. Nas últimas 24 horas, foram registrados 11 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,001%) e 15 recuperados (+0,001%). Dos 1.545.973 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.515.849 já são considerados recuperados, 233 encontram-se ativos e 29.891 tiveram óbito confirmado. O boletim contabiliza ainda 1.868.120 casos descartados e 333.104 em investigação.
Vacinação
Até às 17h do domingo (15), a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) contabilizava um total de 11.611.043 pessoas vacinadas com a primeira dose, 10.658.295 com a segunda dose ou dose única, 5.666.295 com a dose de reforço e 113.978 com o segundo reforço. Do público de 5 a 11 anos, 913.354 crianças já foram imunizadas com a primeira dose e 427.629 já tomaram também a segunda dose.
Do total, 7,6 milhões são profissionais que já possuem uma formação ou estão inseridos no mercado de trabalho, mas precisam se aperfeiçoar. (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)
O Brasil precisa investir no aperfeiçoamento e na qualificação de pelo menos 9,6 milhões de trabalhadores em ocupações industriais até 2025. É o que conclui o Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, realizado pelo Observatório Nacional da Indústria. Desse total, 2 milhões deverão se capacitar em formação inicial, para repor os profissionais inativos e preencher as novas vagas, e 7,6 milhões em formação continuada, para os trabalhadores que precisam se aperfeiçoar.
O gerente-executivo do Observatório Nacional da Indústria, Márcio Guerra, destaca a importância da formação continuada em um mercado de trabalho concorrido. “Independente de já se ter uma formação, é preciso estar se atualizando continuamente. Isso é bom pelo lado da indústria, porque a indústria precisa fortalecer a sua produtividade para que tenhamos produtos cada vez mais competitivos no mercado, e para o trabalhador, porque ele precisa estar sempre atualizado nas novas tecnologias, competindo nesse mercado de trabalho bastante concorrido.”
Além disso, o estudo estima que o país deve criar 497 mil novas vagas formais em ocupações industriais nesse período, alcançando 12,8 milhões de empregos no setor. O crescimento na demanda por trabalhadores será de:
• 2,4% em nível de qualificação com menos de 200 horas: 208 mil vagas;
• 3,2% em nível de qualificação com mais de 200 horas: 64 mil vagas;
• 6,3% em nível técnico: 136 mil vagas;
• 8,7% em nível superior: 90 mil vagas.
O estudo revela que, em número de vagas, ainda prevalecem as ocupações de nível de qualificação (272 mil vagas). Contudo, o crescimento da demanda por profissionais de nível técnico e superior é maior. De acordo com o levantamento, isso ocorre por conta das mudanças organizacionais e tecnológicas, que fazem com que as empresas busquem profissionais mais qualificados.
Áreas de formação
As áreas com maior demanda por formação são: Transversais; Metalmecânica; Construção; Logística e Transporte; e Alimentos e Bebidas.
Formação inicial: Transversais (411.149), Construção (346.145), Metalmecânica (231.619), Logística e Transporte (194.898), Alimentos e Bebidas (181.117), Têxtil e Vestuário (137.996), Automotiva (92.004), Tecnologia da Informação (76.656), Eletroeletrônica (55.747) e Couro e calçados (48.868).
Formação continuada: Transversais (1.393.283), Metalmecânica (1.300.675), Logística e Transporte (1.095.765), Construção (780.504), Alimentos e Bebidas (583.685), Têxtil e vestuário (509.354), Tecnologia da Informação (397.836), Eletroeletrônica (248.790), Gestão (226.176) e Automotiva (208.317).
O estudo aponta que, devido à lenta recuperação na abertura de novas vagas formais, a formação inicial servirá, principalmente, para repor a mão de obra inativa.
Márcio Guerra destaca a relevância das ocupações nas áreas transversais. “Ou seja, aquelas ocupações coringas, aquelas profissões que são absorvidas por diversos setores da economia, que vão desde o setor automotivo até o setor de alimentos. No que diz respeito às áreas, vale destacar também aquelas profissões que estão relacionadas com a indústria 4.0, relacionada à automação de processos industriais.”
Mapa do Trabalho Industrial
O gerente-executivo do Observatório Nacional da Indústria, Márcio Guerra, explica que o Mapa do Trabalho Industrial é uma projeção que considera o contexto econômico, político e tecnológico. “A partir da inteligência de dados, o objetivo do mapa é projetar a demanda por formação profissional de forma que essa informação sirva, não só para o SENAI, mas também para uma discussão mais ampla sobre qual vai ser a demanda futura de profissionais no mercado de trabalho.”
Segundo Guerra, a partir dos dados existentes sobre o mercado de trabalho, o mapa apresenta projeção da demanda de profissionais nos níveis nacional, regional, setorial e ocupacional. “Esse dado serve de orientação para construção de políticas, mas sobretudo para o planejamento da oferta de educação profissional. É muito importante para a sociedade conhecer quais são as tendências, quais são as áreas que tendem ao maior crescimento, sobretudo na sua localidade, mas também entender quais profissões têm mais relevância, mais demanda, para que ele possa planejar a sua trajetória de formação profissional”, explica.
Reunidos na Bahia, líderes municipalistas do Nordeste discutiram o desenvolvimento da região. (Fotos: Euro Amâncio)
O equilíbrio fiscal dos municípios foi tema central do Encontro Nordeste Unido pelo Desenvolvimento, sediado pela União dos Municípios da Bahia (UPB), na sexta-feira (13). O evento reuniu presidentes de associações municipalistas de seis estados nordestinos para debater problemas comuns aos municípios da região e propor ações para o desenvolvimento do Nordeste.
Os líderes municipalistas destacaram na ocasião a necessidade do Congresso Nacional pautar questões como redução da alíquota patronal INSS paga pelas prefeituras e o financiamento do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). O encontro chegou à etapa da Bahia após ser realizado em outras quatro capitais (Recife, Fortaleza, Maceió e Aracaju), sendo realizado em parceria com a Confederação Nacional de Municípios (CNM). Com a presença do vice-governador da Bahia, João Leão (PP), foi lida ao final do evento a carta do Nordeste com encaminhamentos e intenções.
Como anfitrião, o presidente da UPB e prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), ressaltou que o debate sobre o SUAS e a redução da alíquota do INSS são questões de sobrevivência para os municípios, sobretudo os do Nordeste que contam com uma menor base arrecadatória. “Estamos vivendo uma questão fiscal preocupante e a redução da alíquota previdenciária é uma questão de sobrevivência. Os municípios nos últimos anos perderam a capacidade de investimento. Há duas décadas, gastavam em torno de 40% ou menos de índice de pessoal, esse percentual hoje passa dos 60%. Houve um achatamento da receita e aumento das despesas”, pontuou o líder municipalista baiano ao defender a redução da alíquota patronal pela metade para o equilíbrio fiscal das gestões locais.
A UPB lembra que os municípios pagam uma das contribuições previdenciárias mais altas aplicadas a empregadores no Brasil – fixado em 22,5%. Desvinculada da realidade local do ente que presta a maior parte dos serviços públicos, o alto percentual da alíquota atual estimula o endividamento e limita a capacidade de financiamento dos municípios, impedindo investimentos em infraestrutura, saúde e educação. Isso fez a UPB buscar o apoio do deputado federal Cacá Leão (PP), que protocolou na Câmara uma Proposta de Emenda Constitucional para reduzir pela metade a contribuição social dos municípios. A matéria está em fase de coleta de assinaturas para iniciar a tramitação. Durante o evento, os presidentes das associações se comprometeram em mobilizar as bancadas dos seus estados para subscrever a proposta.
Financiamento da Assistência Social
Outro tema de destaque do encontro, o co-financiamento do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) foi colocado como pauta prioritária. “A gente precisa consolidar o SUAS, não podemos ter uma pauta de desenvolvimento econômico sem envolver o social. O Nordeste tem 41% da população beneficiária de programas sociais, já no Sul são apenas 11%, o que demonstra a nossa necessidade de mobilizar os parlamentares pela PEC 383”, refletiu a presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (AMUPE), Ana Célia, que acrescentou que o maior problema para os municípios é o subfinanciamento e justo neste momento agravado pela pandemia em que os municípios precisam dar proteção social à população.
Desenvolvimento local
Presente ao encontro, o vice-governador João Leão destacou que o Nordeste precisa de oportunidades para discutir o desenvolvimento e que tem um grande potencial na indústria do turismo, na agricultura irrigada e relacionada à força de trabalho da população. Leão lembrou que foi secretário de planejamento e desenvolvimento da Bahia, pastas em que atuou para fomentar a economia baiana. “Nós precisamos de desenvolvimento. Essa questão do turismo é excepcional, temos sol o ano inteiro para trazer as pessoas do mundo para aqui. Além disso, todos os estados do Nordeste têm potencial para a agricultura irrigada. Então, é uma coisa que precisamos sentar e nos unir para construir a potência do Nordeste”, afirmou.
Reforma tributária pode trazer mais justiça na arrecadação e ajudar país a crescer, acredita economista. (Foto: Sidney de Almeida / Adobe Stock)
No dia 03 de maio, às 1h37, o impostômetro da Associação Comercial de São Paulo contabilizou R$ 1 trilhão pagos em impostos só em 2022. Além de o brasileiro pagar muito, o sistema tributário do país traz confusões de finalidades, abre muitas exceções e têm desvios nas finalidades dos impostos. É nisso que acredita o economista William Baghdassarian, professor do Ibmec.
“A gente tem um problema de governança tributária gravíssimo. A autoridade tributária não está preocupada se o que ela faz ou deixa de fazer ajuda o país a crescer ou não. Ela está preocupada de arrecadar”, opina o economista. O Brasil foi considerado pelo Banco Mundial um dos piores países para se pagar impostos. Ocupa a posição 184 entre 190 países avaliados.
Baghdassarian considera que o Brasil é eficaz em recolher impostos, mas o desenho tributário não visa ao bem estar da população e traz muitas dificuldades para o crescimento econômico efetivo. Para ele, é fundamental que a Reforma Tributária avance no Brasil para se criar mais justiça e um ambiente favorável ao crescimento sustentável com geração de riqueza e crescimento do consumo, dentro de um ambiente juridicamente mais justo. “O grande ponto da reforma tributária é ter uma estrutura tributária mais direcionada para as pessoas que precisam: com menos imposto sobre consumo e mais imposto sobre renda. A gente vai ter uma segurança jurídica maior tanto para as pessoas físicas como para as pessoas jurídicas para que elas não sejam prejudicadas pelas interpretações da Receita Federal”, acredita Baghdassarian.
Um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostrou que a reforma tributária proposta pela PEC 110/2019 tem o potencial de trazer um crescimento adicional do PIB de 12% em 15 anos. Em valores de hoje, isso representa R$ 1 trilhão a mais no PIB, o que daria um ganho adicional médio de R$ 400 por mês para cada brasileiro. Além disso, com a aprovação da reforma, cria-se condições para um crescimento de 7,5% nos empregos. Por isso, o deputado federal Vitor Lippi (PSDB-SP) acredita que a aprovação da PEC 110 é o caminho para a retomada econômica.
“Nós precisamos usar aqui o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que é um sistema utilizado hoje em mais de 80% dos países do mundo. A Índia, há pouco tempo, implantou o IVA e já está havendo níveis de crescimento desse novo sistema tributário. Então, o Brasil precisa da reforma tributária para sair dessa dificuldade, até porque o país tem sido um dos que menos cresce no mundo nos últimos anos”, defende Lippi, destacando ainda que a aprovação da PEC 110 traz previsibilidade e diminui a possibilidade de judicialização das questões tributárias. “São trilhões de reais que estão sendo discutidos na justiça e, portanto, o Brasil precisa ter essa agenda”, complementa Lippi.
A PEC 110/2019 está na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal. O relator é o senador Roberto Rocha (PTB-MA).
Famílias em vulnerabilidade social são beneficiadas pelo projeto promovido pela UniFG e Cejusc; últimas chances para se inscrever em 2022. (Foto: Divulgação)
Celebrado neste domingo (15), o Dia Internacional da Família lembra a importância da formulação de políticas que beneficiem as famílias, principalmente no que se refere à proteção das crianças e adolescentes. Esse é o objetivo do projeto Pai Presente, viabilizado pelo Centro Universitário UniFG e o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), que realiza testes de DNA gratuitos para pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social e precisam identificar a paternidade de crianças e adolescentes sob sua responsabilidade.
O encerramento do cadastramento das famílias para compor o projeto em 2022 estava previsto para o dia 14 de abril. Contudo, em virtude dos feriados, as inscrições foram reabertas. Para participar, os interessados devem realizar o cadastro pelo telefone (77) 99113-7484 ou comparecer pessoalmente à sede do Cejusc, localizado na Rua Vasco da Gama, número 317, no centro de Guanambi.
As coletas de sangue deverão ser realizadas até o mês de junho e os resultados enviados para as famílias assim que retornarem do laboratório, momento em que serão marcadas as audiências com as partes envolvidas.
“O reconhecimento de paternidade dá à criança e ao adolescente o exercício de vários direitos. Além do conhecimento da sua origem familiar, o direito ao auxílio material, financeiro. E entendemos que é muito importante para essas crianças e adolescentes”, disse a professora do curso de Direito da UniFG e supervisora do Cejusc Guanambi, advogada Cátia Guimarães.
Rui autorizou a licitação para construção da sede da Maternidade Carmela Dutra, que atualmente ocupa um imóvel alugado. O investimento será de R$ 1 milhão. (Fotos: Mateus Pereira / GovBA)
Na cidade de Bom Jesus da Lapa, no oeste da Bahia, o Governo do Estado inaugurou o Centro de Imagem e 20 leitos neonatais, sendo 10 de UTI e 10 unidades semi-intensiva, no Hospital Municipal Carmela Dutra. As obras foram realizadas por meio da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), com um investimento de R$ 8,8 milhões. O governador Rui Costa (PT) ainda assinou contratos superiores a R$ 10 milhões para a manutenção de dez leitos de UTI adulto, 5 leitos de pré-parto, parto e puerpério (PPP), bem como a realização de cirurgias ortopédicas e eletivas em diversas especialidades.
"Quando você compara como era o atendimento do Hospital antes e como está agora, vê a importância de governar para cuidar das pessoas”, afirmou Rui Costa. Na oportunidade, o governador autorizou a licitação para a construção da sede da Maternidade Carmela Dutra, que atualmente ocupa um imóvel alugado. O investimento será de R$ 1 milhão.
Para a secretária estadual da Saúde, Adélia Pinheiro, quando o Estado entrega leitos de UTI neonatal, está garantindo maior chance de sobrevivência a bebês que nasçam com problemas importantes de saúde, nos seus primeiros 28 dias de vida. “Da mesma forma, investir em uma maternidade com uma estrutura moderna também é garantir melhor assistência e atendimento às mães e aos recém-nascidos”. Adélia acompanhou o governador numa visita à Feira Cidadã, que está instalada na cidade, oferecendo, até a próxima segunda-feira (16), serviços de saúde e cidadania para a população de Bom Jesus da Lapa e região.
Educação
O governador visitou as instalações no novo Colégio da Polícia Militar (CPM), que foi implantado na cidade e já está em funcionamento desde abril, com 11 salas de aula, refeitório, auditório e áreas de convivência, lazer e esporte. Rui também visitou o Complexo Poliesportivo Educacional integrado ao Colégio Estadual Monsenhor Turíbio Vilanova, que está em fase final de construção e tem previsão de conclusão em um mês. A obra, sob responsabilidade da Secretaria da Educação do Estado, tem investimento de quase R$ 7 milhões, e conta com refeitório, auditório, quadra poliesportiva coberta, vestiário, campo de futebol society com arquibancada e pista de atletismo, piscina semiolímpica, arena de luta, área de convivência e guarita. “Estamos entregando escolas públicas na Bahia com uma estrutura digna e completa para os estudantes”, ressaltou o governador. Sistemas de abastecimento.
Sistemas simplificados de abastecimento serão construídos para facilitar o acesso à água potável na localidade de Paraná e nos assentamentos Campo Grande e Itaberaba. As obras serão realizadas pela Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos (Cerb), vinculada à Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (Sihs).
Obras do novo aeroporto estão em fase final
O governador anunciou a conclusão das obras de construção da pista de pouso e decolagem, taxiway e pátio de estacionamento de aeronaves do novo aeroporto de Bom Jesus da Lapa, prevista para agosto deste ano. As obras incluem ainda a construção do terminal de passageiros, implantação de equipamentos de auxílio à navegação aérea e serviços complementares. A intervenção está sendo executada sob a coordenação da Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra), por meio da Superintendência de Infraestrutura de Transportes, com investimento de mais de R$ 25 milhões.
Outros investimentos
Nos últimos cinco anos, a área da saúde do município de Bom Jesus da Lapa vem sendo beneficiada com diversas entregas promovidas pelo Governo do Estado, que contribuem para o desenvolvimento da região. Em 2018, o município recebeu novas ambulâncias para melhor deslocamento até os hospitais. Em 2020, foram entregues 18 leitos para adultos e 10 leitos pediátricos, além da inauguração de 10 leitos de UTI adulto, além da Unidade de Hemodiálise Wilson Pinto de Oliveira, no Hospital Municipal Carmela Dutra, com mais de R$ 10 milhões aplicados em obras e equipamentos. Outras entregas foram o Centro de Enfermaria, com 18 leitos, no Hospital Municipal, e a inauguração do Centro de Atenção Psicossocial (Caps 3). Já em 2021, a unidade recebeu 10 novos leitos de UTI, que envolveram um investimento de R$ 3,8 milhões.
O governo federal estima que 42 milhões de brasileiros serão beneficiados, com injeção de R$ 30 bilhões na economia. (Foto: Divulgação / CAIXA)
No último dia 17/03, o Governo Federal anunciou a liberação de novos saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para trabalhadores com carteira assinada. O governo federal estima que 42 milhões de brasileiros serão beneficiados, com injeção de R$ 30 bilhões na economia.
Qual o valor do saque?
O valor do saque é de até R$ 1.000 por trabalhador, considerando a soma dos saldos disponíveis em suas contas do FGTS. Quem tiver mais de R$ 1.000 nas contas receberá apenas os R$ 1.000. Quem tiver menos de R$ 1.000 receberá todo o valor que estiver no fundo.ÂÂÂ A consulta pode ser feita pelo aplicativo FGTS ou pelo site oficial.
Valores que estiverem bloqueados na conta do FGTS não poderão ser sacados. É o caso de montantes usados como garantia de empréstimos na modalidade antecipação do saque-aniversário. Se o trabalhador tiver mais de uma conta do FGTS, o saque é feito primeiro das contas relativas a empregos antigos, começando pela conta que tiver o menor saldo, e em seguida as demais contas, iniciando pela que tiver o menor saldo.
Quando posso sacar?
O saque começa em 20 de abril e vai até 15 de junho, com datas que variam conforme o mês de nascimento do trabalhador. Quem perder a data de início do saque não precisa se preocupar: o dinheiro poderá ser retirado até 15 de dezembro deste ano, a partir dessa data o valor voltará à conta de origem, com correção monetária. O prazo final vale para todos.
A CAIXA vai creditar o valor automaticamente em poupanças sociais digitais abertas automaticamente em nome de cada trabalhador. A partir daí, o trabalhador usará o aplicativo Caixa Tem para movimentar o dinheiro, por meio do pagamento de boleto, transferências bancárias, PIX, pagamentos em maquininhas com QR Code, transações com cartão virtual de débito e saque com token em terminais de autoatendimento e lotéricas.
Calendário do novo saque do FGTS
• Nascidos em Janeiro: 20/04 (quarta-feira);
• Nascidos em Fevereiro: 30/04 (sábado);
• Nascidos em Março: 04/05 (quarta-feira);
• Nascidos em Abril: 11/05 (quarta-feira); • Nascidos em Maio: 14/05 (sábado);
• Nascidos em Junho: 18/05 (quarta-feira);
• Nascidos em Julho: 21/05 (sábado);
• Nascidos em Agosto: 25/05 (quarta-feira);
• Nascidos em Setembro: 28/05 (sábado);
• Nascidos em Outubro: 01/06 (quarta-feira);
• Nascidos em Novembro: 08/06 (quarta-feira);
• Nascidos em Dezembro: 15/06 (quarta-feira).
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Quem tem direito ao FGTS?
• Trabalhadores regidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho);
• Trabalhadores rurais;
• Trabalhadores intermitentes e temporários (trabalhadores urbanos contratados por uma empresa para prestar serviços por determinado período);
• Trabalhadores avulsos (quem presta serviços a várias empresas, mas é contratado por um sindicato e, por isso, não tem vínculo empregatício, como estivadores);
• Atletas profissionais (como os jogadores de futebol);
• Empregados domésticos (de forma obrigatória desde 1º/10/2015);
• Safreiros (operários rurais que trabalham apenas no período de colheita).
Cuidado com golpes
A Caixa afirma que não envia mensagens com solicitação de senhas, dados ou informações pessoais. Também não envia links ou pede confirmação de dispositivo ou acesso à conta por e-mail, SMS ou WhatsApp. Caso recebe contatos desse tipo, fique atento, porque pode ser golpe.
O programa ATeG é promovido pela SEMAR em parceria com a FAEB, com o SENAR e com os Sindicatos dos Produtores Rurais da Bahia. (Fotos: Divulgação)
A Secretaria Municipal de Agricultura, Recursos Hídricos e Meio Ambiente de Livramento de Nossa Senhora (SEMAR) em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (FAEB), com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e com os Sindicatos dos Produtores Rurais da Bahia estão realizando a implantarão do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) em Livramento.
Segundo a SEMAR, O programa ATeG será gratuito e terá duração de 2 anos, os participantes receberão visitas técnicas mensais, onde receberão todo o suporte necessário, com o objetivo de aumentar a produção e renda dos agricultores de manga.
O programa teve seu pontapé inicial no final da tarde da última terça-feira (10), na localidade de Barrinha, na zona rural, e contou com as presenças do titular da SEMAR, secretário Ricardo Juvelino, do coordenador ATeG, César Magalhães, da engenheira agrônoma Itaná Domingues e de agricultores da região.
A audiência ocorrerá presencialmente no Plenário D. Didi Azevedo, na Câmara Municipal, dia 20/05, às 16h, e contará com transmissão via Youtube. (Foto: Ascom CM Livramento)
A audiência ocorrerá presencialmente no Plenário D. Didi Azevedo, na Câmara Municipal, na próxima sexta-feira (20), às 16h, mas também contará com transmissão online no canal oficial da Câmara Municipal no Youtube. Os interessados que não puderem comparecer, podem encaminhar proposições e sugestões para o e-mail ccamaralto@gmail.com.
O que é a LDO?
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é elaborada anualmente e tem como objetivo apontar as prioridades do governo para o próximo ano. Ela orienta a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA), baseando-se no que foi estabelecido pelo Plano Plurianual (PPA). Ou seja, é um elo entre esses dois documentos.
Na LDO municipal devem conter, entre outros tópicos, a previsão de despesas referentes ao plano de carreiras, cargos e salários dos servidores, o controle de custos e avaliação dos resultados dos programas desenvolvidos e as condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas. Pode-se dizer que a LDO serve como um ajuste anual das metas colocadas pelo PPA.
Os critérios para elaboração da LDO deverão ser, necessariamente, os contidos na Constituição Federal, na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e na Lei Orgânica do Município.
Os dados, de março de 2022, são da CCEE e estão nos Informes Executivos de Energia Eólica e Solar produzidos pela SDE. (Foto: Paula Fróes / GOVBA)
A Bahia retomou a liderança nacional na geração de energia eólica com 32,16% da produção. O estado também é líder na geração de energia solar, com 30,89%. Os dados, de março de 2022, são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e estão nos Informes Executivos de Energia Eólica e Solar produzidos pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). Os documentos estão disponíveis no site: www.sde.ba.gov.br.
“Nosso estado tem um histórico de protagonismo tanto na energia eólica quanto na solar. Retomar a liderança nacional é motivo de orgulho. Os bons ventos da Bahia estão contribuindo para a diversificação da matriz energética nacional. E a estimativa é que mais 176 parques entrem em operação, fazendo a Bahia ultrapassar 10 Gigawatts (GW) em potência instalada”, declara o secretário da pasta, José Nunes.
De acordo com a SDE, o potencial de geração de energia eólica é influenciado por fatores como sazonalidade, clima, vegetação e características topográficas. A usina Ventos do Santo Abraão, que fica em Morro do Chapéu, atingiu 73,1%, no mês de março deste ano, o maior valor do fator de capacidade do estado. Em fevereiro, o mesmo parque atingiu 54,9%.
A Bahia tem 227 parques eólicos em operação, com 5,9 GW de potência instalada, que investiram R$ 23 bilhões e geraram mais de 89 mil empregos na fase de construção em toda cadeia produtiva. Outros 176 parques, que estão em construção e com construção prevista, terão capacidade instalada de 5,8 GW, preveem investir R$ 24 bilhões e gerar aproximadamente 89 mil empregos na fase de construção em toda cadeia produtiva.
São 41 parques solares fotovoltaicos em operação, com 1,3 GW de potência, que investiram R$ 6 bilhões e geraram mais de 40 mil empregos na fase de construção em toda cadeia produtiva. Outros 153 parques estão em construção e devem investir R$ 27 bilhões. A estimativa é que sejam gerados em torno de 178 mil empregos na fase de construção em toda cadeia produtiva, com capacidade instalada de 5,9 GW.
Após 30 milhões em investimento, O HRI, fechado há 15 anos, foi totalmente reformado e ampliado, ganhando ainda 10 leitos de UTI adulto. (Fotos: Divulgação / Sesab)
"O Governo do Estado que já investiu muito na saúde de Itaberaba não medirá esforços para continuar cuidando da saúde do povo, pois essa é nossa prioridade. Confirmamos o interesse de assumir imediatamente a gestão do Hospital Regional e colocá-lo em funcionamento". A afirmação da secretária da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Adélia Pinheiro, reforça a missão de ampliar e descentralizar o acesso a saúde.
Com investimento de aproximadamente R$ 30 milhões entre obras e equipamentos, o Hospital Regional de Itaberaba (HRI), fechado há 15 anos, foi totalmente reformado e ampliado, ganhando ainda 10 leitos de UTI adulto. O problema é que a unidade está pronta, mas a Prefeitura, até o momento, não colocou em operação.
Cerca de 90% dos recursos aplicados foram do Governo do Estado e 10% como contrapartida municipal. Para além da reforma e ampliação, o Governo do Estado enviou equipamentos de última geração, como um tomógrafo de 16 canais, dois Raio-X, sistema de captura e digitalização de imagens, além de dois aparelhos de ultrassonografia. “Fizemos diversas tratativas com o secretário de saúde e o prefeito para colocar a unidade em funcionamento, mas até o momento, sem sucesso. Caso o município não possa fazer a gestão da unidade, o Governo do Estado colocará em funcionamento, cabendo ao prefeito fazer a cessão”, afirma Adélia Pinheiro.
A titular da pasta estadual da Saúde reforça ainda que os 70 leitos da unidade, sendo 10 de UTI, são fundamentais para o fortalecimento da rede assistencial do SUS na região da Chapada Diamantina. “Após anos fechado, o Hospital Regional de Itaberaba poderá atender casos de urgência e emergência clínica, cirúrgica, pediátrica e traumato-ortopedia, fortalecendo assim, o município como polo de saúde e evitando o deslocamento dos munícipes para outras localidades em busca de atendimento em alta complexidade”, ressalta a secretária.
Quando estiver em funcionamento, a unidade também ofertará atendimento ambulatorial, com consultas especializadas e cirurgias ambulatoriais, bem como diagnósticos e terapias.
O objetivo é transformar pequenos negócios por meio da inovação com um acompanhamento simplificado, promovendo desenvolvimento local. (Fotos: Divulgação)
A Prefeitura de Guanambi, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, em parceria com a empresa de tecnologia Iconnect Group, disponibiliza ferramenta gratuita de gestão financeira on-line, que ajudará os empresários locais a contribuir na gestão empresarial de seu negócio.
Em geral, o objetivo é transformar os pequenos negócios por meio da inovação com um acompanhamento simplificado, além de promover o desenvolvimento local e a disseminação da cultura do empreendedorismo enquanto: incentiva a parceria público/privada com vista a promover, a capacitação em gestão da inovação e em atividades de gestão em manufatura avançada, visando à promoção da inovação tecnológica nas empresas de Guanambi; contribui para a ampliação da quantidade e a melhoria da qualidade na gestão dos empreendimentos locais; melhora a competitividade das empresas guanambienses por meio da ampliação da quantidade de empresas inovadoras atuando em segmentos de alto conteúdo no acesso às plataformas digitais.
O sistema conta com diversas funcionalidades, como: Lançamento de entradas, saídas e transações (débitos e créditos); Cadastro de contas bancárias e plano de contas; Levantamentos de orçamento; Emissão de relatórios entradas, saídas, entradas x saídas; Relatórios mensais de entrada e saída; Emissão de relatórios de transações de contas.
“Com o apoio do Prefeito Nilo Coelho (UB) e o vice Arnaldo Azevedo (UB), esta ação vem para atender a uma demanda antiga dos empresários de Guanambi que sempre cobraram do poder público municipal apoio para o desenvolvimento de novas tecnologias que fossem capazes de contribuir com o fortalecimento do setor”, finalizou o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Fabrício Lopes.
O objetivo é transformar pequenos negócios por meio da inovação com um acompanhamento simplificado, promovendo desenvolvimento local. (Fotos: Divulgação)
A consequência positiva da ampla vacinação contra a Covid-19 em Guanambi, que detém um dos maiores índices da Bahia, segue sendo notada diante dos bons números dos boletins diários publicados para a imprensa local. O último caso positivo de Covid em Guanambi se deu na última terça (10). O paciente ficou isolado, passou por testagem e já recebeu alta nesta quinta (12).
Depois de ficar livre do sarampo em 2016, Brasil registrou novos surtos e luta para erradicar a doença. Campanha de vacinação vai até o dia 03/06. (Foto: Ministério da Saúde / Divulgação)
A primeira morte por sarampo em 2022, registrada no último dia 04, em Rondônia, chama atenção para a importância da vacinação contra a doença. A idade e o gênero da vítima não foram divulgados pelos gestores estaduais, por questão de sigilo. O óbito ocorreu em meio à campanha nacional de vacinação contra o sarampo, mobilização que acontece em todo o Brasil, e na esteira de um cenário em que estados e municípios patinam para bater as metas de imunização.
Levantamento recente do projeto VAX*SIM, do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), revela que, em 2021, nenhum estado brasileiro atingiu a meta preconizada pelo Ministério da Saúde, de vacinar 95% das crianças contra o sarampo. Na esfera municipal, apenas 660 municípios - ou cerca de 12% das prefeituras - alcançaram essa taxa, no ano passado. Segundo o estudo, em 2021, de cada três crianças brasileiras que tomaram a primeira dose do imunizante, uma não voltou para completar o esquema vacinal, de duas doses.
“Não temos uma causa para a queda da cobertura vacinal, mas [a queda] começou a acontecer em 2016. E tivemos vários surtos significativos no Brasil, em 2018. E, em 2019, [o Brasil] a gente perdeu esse selo de erradicação do sarampo”, remonta a coordenadora do projeto, Patricia Boccolini, ressaltando ainda que a vacinação infantil é uma das ações "mais importantes para prevenir mortes evitáveis de crianças de até 5 anos, com um excelente custo-benefício".
Ainda de acordo com o estudo do VAX*SIM, em 2020, o país bateu o recorde de 10 mortes de crianças menores de 5 anos por sarampo. Entre 2018 e 2021, 26 crianças nessa faixa etária morreram pela doença. Segundo o observatório, esses dados são um "retrocesso em um país que entre 2000 e 2017 havia registrado uma morte, no ano de 2013".
Falta de informação
A diretora do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cássia Rangel, explica que além da questão do horário de funcionamento dos postos, muitas vezes incompatível com a rotina de pais e responsáveis, a falta de informação sobre a atual situação da doença no país pode ter contribuído para a queda na cobertura vacinal contra o sarampo.
"As principais causas relacionadas a essa queda de cobertura são o sucesso das coberturas de vacinação ao longo dos anos, o que pode causar uma falsa sensação de que não há necessidade de se vacinar. Muitas doenças já foram eliminadas e as pessoas não têm lembrança da ocorrência dessa doença. E também o conhecimento individual sobre a importância dessas vacinas ofertadas gratuitamente pelo SUS, e até mesmo uma baixa percepção de risco dessas doenças que são Imunopreveníveis”, explica a diretora.
Hospitalizações
O número crescente de hospitalizações por sarampo também preocupa. Entre 2018 e 2021, o levantamento aponta que 1.606 crianças foram hospitalizadas com a doença no Brasil. Nos quatro anos anteriores, entre 2014 e 2017, o país havia registrado um total de 137 hospitalizações infantis por sarampo.
Cássia Rangel alerta para a necessidade da imunidade de rebanho, que só é alcançada quando se vacina cerca de 95% do público alvo, e para a importância de a criança completar o esquema vacinal, com as duas doses, já que as complicações podem ser graves. “As principais complicações de sarampo, as mais comuns, são a otite média, diarreia, pneumonia e a laringotraqueobronquite. Em alguns casos, por causa dessas complicações causadas pelo sarampo, podem levar à hospitalização, especialmente crianças desnutridas e imunocomprometidas”, destaca.
Campanha nacional de vacinação
De acordo com dados do Ministério da Saúde, notificados até o último dia 03, no LocalizaSUS, 1,3 milhão de crianças entre 6 meses a menores de 5 anos tomaram a dose da vacina contra o sarampo. A estratégia de vacinação contra a doença acontece em todo o Brasil ao mesmo tempo em que é realizada a campanha de vacinação contra a influenza, que já aplicou 1 milhão de doses nesse público. Segundo a pasta, a vacinação pretende “interromper a circulação do sarampo no Brasil”. A segunda etapa começou na última segunda, 2 de maio, e vai até o dia 3 de junho em quase 50 mil pontos de vacinação espalhados por todo o País.
No 1º trimestre de 2022 o faturamento foi de R$ 2,2 bilhões, contra R$ 2,1 computados em 2021. Já o faturamento nacional teve uma queda de 20%. (Foto: Divulgação / Ero Copper)
A mineração baiana continua se destacando no cenário nacional. Na contramão da queda do faturamento brasileiro, a Bahia registrou um crescimento de 8%, em relação ao mesmo período do ano passado, conforme dados do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). No primeiro trimestre de 2022 o faturamento foi de R$ 2,2 bilhões, contra R$ 2,1 computados em 2021. Já o faturamento nacional teve uma queda de 20%.
O estado, que ocupa a terceira posição na lista de maiores arrecadadores de CFEM (Compensação Financeira pela Exploração Mineral) do país, vem se destacado, este ano, principalmente na produção de cobre, ouro, níquel e ferro que juntos representam mais de 70% de todo o valor arrecadado (até o fechamento desta matéria). Dos mais de R$ 54 milhões arrecadados de CFEM, mais de R$ 19 milhões vieram do cobre, R$ 10 milhões do ouro, R$ 5 milhões do níquel e mais R$ 3 milhões do ferro.
O cenário é diferente do que aconteceu com a mineração brasileira de forma geral. Na comparação entre o 1º trimestre de 2022 e o de 2021, estima-se que a produção em toneladas caiu 13% e o faturamento baixou 20%, de acordo com dados divulgados pelo IBRAM. Para a instituição, alguns fatores contribuíram para estes resultados, a exemplo das medidas de isolamento decretadas pela China, em reação à pandemia de Covid-19, a queda na produção de minério de ferro, dentre outros. “Quando a China promove alguma mudança na condução de suas políticas, a indústria mineral brasileira fica à mercê. Precisamos refletir se esta dependência não está em níveis excessivos”, avaliou Raul Jungmann, diretor-presidente do IBRAM, na apresentação dos dados setoriais.
Investimentos
A previsão de investimentos no setor mineral também é motivo de comemoração. Conforme dados do IBRAM, dos mais de U$$ 40 bilhões de dólares, estimados para o período de 2022 a 2026, em todo o país no setor mineral, aproximadamente U$$ 6 bilhões, o equivalente a quase R$ 30 bilhões de reais, serão investidos na Bahia. A previsão é que 15% do que será investido na mineração do país, nos próximos quatro anos, sejam realizados aqui no estado, que ocupa a segunda colocação na lista dos que receberão mais investimentos. O primeiro é Minas Gerais, que concentrará 27% dos investimentos, boa parte destinada para solucionar os problemas relacionados a barragens.
Um dos exemplos é a Largo, produtora de vanádio no município de Maracás, que divulgou um plano de investimentos na Bahia, até 2032, na ordem de U$$ 590 milhões. Grande parte do orçamento (U$$ 360 milhões) será destinado à construção de uma fábrica de pigmentos de titânio, a ser instalada no Pólo Industrial de Camaçari, que aproveitará os resíduos produzidos da mina de vanádio. A outra parte (U$$230 milhões) será utilizada na expansão da produção de vanádio das atuais 12 mil toneladas, por ano, para 15.900 toneladas, a partir de 2030.
Outro destaque, é a Ero Brasil, antiga Mineração Caraíba, produtora de cobre nos municípios de Jaguarari, Juazeiro e Curaça, que investirá US$ 94,5 milhões para expansão de capacidade e melhoria de operações; Engenharia (obras), máquinas e equipamentos para aprofundamento das minas subterrâneas de Pilar e Vermelhos; E a reabertura da mina a céu aberto de Surubim. A Ero Brasil ainda indica investimentos adicionais em pesquisa mineral no Vale do Curaçá: de US$ 35 milhões/ano.
Para o presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Antonio Carlos Tramm, os dados refletem o trabalho que vem sendo realizado nos últimos anos para alavancar a mineração em todo o estado, inclusive na área de pesquisa. A Bahia de acordo com dados na Agência Nacional de Mineração (ANM), foi o que mais investiu em pesquisa mineral nos anos de 2019 e 2020 – levando em consideração investimentos públicos e privados.
“O avanço da mineração baiana se deve principalmente pela diversidade geológica do Estado. Em 2021, por exemplo, a Bahia liderou a produção de 19 tipos de substâncias. Isso reforça a importância da mineração para a economia do estado”, pontua Tramm, que também destaca que a mineração entre 2017 e 2022 está presente em mais de 200 municípios do estado.