Sertão Hoje

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Vacina da gripe não deixa gripado, explica médica sanitarista

Quinta / 04.07.2024

Por Redação Sertão Hoje

Unidades de saúde do SUS continuam mobilizadas em todo o País para vacinação contra a gripe (Foto: Fabio Rodrigues/Agência Brasil).

As unidades de saúde do SUS continuam mobilizadas em todo o País para vacinação contra a gripe. Agora, todas as pessoas com mais de seis meses de idade podem se vacinar. Segundo o Ministério da Saúde, a vacina salva vidas e previne milhões de casos graves e óbitos pela infecção provocada pelo vírus da influenza.

Mas, segundo a doutora Melissa Palmieri, médica da Coordenadoria da Vigilância em Saúde de São Paulo, muitas pessoas deixam de procurar a imunização porque acreditam no mito de que a vacina contra a gripe pode deixá-las doentes. Ela explica os motivos para essa teoria estar errada.

“Temos o vírus como se fosse uma laranja. Eu vou cortar essa laranja no meio e eu tenho o bagaço. Eu vou tirar o bagaço, ou seja, jogar fora o que é o material genético do vírus, e eu fico com a casca da laranja, seria a casca do vírus. Nessa casca do vírus, eu vou espetar alfinetes verde e amarelo. Nesse sentido, esses alfinetes são as proteínas de reconhecimento do vírus. A vacina é feita com esses alfinetes e é por isso que ela não tem a capacidade de ocasionar a doença, ela não tem mais aquele material genético que seria o bagaço da laranja.”

A médica sanitarista explica outra razão para se acreditar que a vacina pode provocar a doença:

“Se eu tomar a vacina agora, e já estão circulando em alto percentual os vírus influenza, eu posso entrar em contato amanhã com alguém que estava tossindo, espirrando do meu lado, não usando máscara e essa pessoa ter me passado o vírus. Eu não tive tempo hábil de produzir os meus anticorpos, porque usualmente a proteção acontece depois de uma semana. Então fica parecendo que eu tomei a vacina e ela me causou a doença, mas foi por acaso uma coincidência infeliz de eu ter encontrado alguém que já estava com o vírus e me passou a doença.”

A doutora Melissa Palmieri explica ainda que a vacina pode provocar efeitos adversos:10% das pessoas vão ter uma dor no local da aplicação, com ou sem vermelhidão; e menos de 3% podem ter dor muscular, dor de cabeça e febre baixa. Segundo ela, esses eventos duram no máximo 72 horas após a vacinação.

O Ministério da Saúde ressalta que a vacina contra a gripe é uma das ferramentas mais eficazes para evitar surtos e garantir a saúde da população durante o outono e o inverno. 

Faça parte do Movimento Nacional Pela Vacinação e diga sim para a vacina contra a gripe. Procure uma Unidade Básica de Saúde com a Caderneta de Vacinação ou documento com foto. Fonte: Brasil 61.

Incentivos fiscais impulsionam a produção agrícola irrigada

Quinta / 04.07.2024

Por Redação Sertão Hoje

O Brasil tem um potencial de 55 milhões de hectares para irrigar, dos quais apenas 8,5 milhões são irrigados. (Foto: Márcio Pinheiro)

Priorizada pelo Governo Federal em decorrência das intensas mudanças climáticas, a produção de agricultura irrigada é apoiada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio das debêntures incentivadas. O instrumento é um título privado de renda fixa que permite às empresas captarem dinheiro de investidores para financiar seus projetos.

No caso das incentivadas, os recursos são empregados, necessariamente, em obras de infraestrutura e há isenção ou redução de Imposto de Renda sobre os lucros obtidos pelos investidores. São considerados projetos o conjunto de obras de infraestrutura que criem, direta ou indiretamente, as condições adequadas à prática da irrigação em cultivos agrícolas.

Estão incluídos a aquisição ou construção de obras civis; estruturas mecânicas, elétricas e os componentes necessários à instalação; ampliação, recuperação, adequação, modernização e operação do sistema de irrigação, incluindo equipamentos e componentes; estruturas de captação de água, elevação, condução, armazenamento, distribuição, drenagem agrícola, sistematização e correção do solo; e benfeitorias de apoio à produção agrícola.

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, comentou sobre o potencial do setor de irrigação no Brasil. “O MIDR é o responsável por coordenar a Política Nacional de Irrigação. O Brasil tem um potencial de 55 milhões de hectares para irrigar, dos quais apenas 8,5 milhões são irrigados. Isso significa que temos muito a crescer, tanto na geração de emprego quanto na produção de alimentos. O setor pode contribuir fortemente para o crescimento do País”, destacou.

Para Waldez Góis, aumentar a área irrigada e plantada é aumentar também a resposta do Brasil para a diminuição das emissões dos gases de efeito estufa e da pobreza, o combate à fome e a produção de riquezas.

Experiências anteriores

Entre os projetos contemplados em 2023, destacam-se iniciativas de empresas como Equipav e BRASILAGRO. A Equipav apresentou um projeto com potencial para gerar 16 mil empregos diretos e 8 mil indiretos no Projeto Público de Irrigação do Baixio do Irecê, na Bahia (BA), totalizando um investimento de R$ 555 milhões.

A BRASILAGRO planeja beneficiar, diretamente, 30 empregos e, indiretamente, 800 pessoas na região de Jaborandi (BA), por meio de um investimento total de R$ 182,1 milhões para a implantação de mais de 4 mil hectares de irrigação por pivot central (sistema composto por uma tubulação suspensa em uma estrutura móvel).

“As debêntures incentivadas se apresentam como um instrumento fundamental para promover o desenvolvimento sustentável no campo e desenvolvimento para a economia do país, proporcionando um maior impulso financeiro, por meio da disponibilização de títulos privados de renda fixa àqueles investidores interessados no financiamento dos seus projetos”, explicou a diretora de Irrigação do MIDR, Larissa Rêgo. “A instrumentalização de meios financeiros ajuda a impulsionar a produtividade agrícola, a geração de empregos e renda e no fortalecimento do setor de irrigação”, completou.

A captação de recursos por meio das debêntures incentivadas para o setor de irrigação foi regulamentada pela Portaria nº. 2.127, de 2022. Para acessar essa modalidade de financiamento, as empresas interessadas devem submeter os projetos de investimento ao MIDR, de forma individual.

Documentos necessários

No ato da solicitação, devem ser apresentados os seguintes documentos:

a) Quadro de Sócios e Administradores (QSA) emitido online no sítio eletrônico da Receita Federal;

b) Cópia do contrato social ou estatuto social da Proponente, arquivado na Junta Comercial competente.

c) Comprovante de inscrição e de situação cadastral no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) emitido online no sítio eletrônico da Receita Federal;

d) Relação das pessoas jurídicas que integram a Proponente, com a indicação de seus respectivos números de inscrição no CNPJ;

e) Certidão Conjunta Negativa de Débitos ou Certidão Conjunta Positiva com Efeitos de Negativa relativos a tributos federais e à Dívida Ativa da União da Proponente.

Fonte: Brasil 61.

Mais de 21 mil famílias baianas de agricultores são beneficiadas com a entrega de milho para alimentação animal

Quinta / 04.07.2024

Por Ascom/CAR

Ação coordenada pela CAR, em parceria com prefeituras municipais, sindicatos de trabalhadores rurais e consórcios públicos, teve impactos significativos na vida dos beneficiários.

O Governo do Estado garantiu a alimentação para os animais de mais de 21 mil famílias, entre agricultores familiares, assentamentos da reforma agrária, comunidades quilombolas e povos indígenas, criadores de caprinos, ovinos e bovinos (vacas lactação). Para isso, foram distribuídas mais de 200 mil sacas de milho, de 60 quilos cada, para atender a demanda de 192 municípios em situação de emergência, com decreto homologado até 09 de janeiro de 2024.

Nesta semana, foram realizadas mais entregas no Sudoeste da Bahia, em Vitória da Conquista, totalizando 1.885 sacas no município. Ao todo, foram distribuídas 12.913 sacas de milho neste Território de Identidade. Essa ação, coordenada pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), em parceria com prefeituras municipais, sindicatos de trabalhadores rurais e consórcios públicos, teve impactos significativos na vida dos beneficiários.

Para o diretor do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vitória da Conquista, Manoel Pereira, a entrega foi fundamental: “o milho foi uma bênção para nossas comunidades. Os agricultores ficaram imensamente gratos, pois isso garantiu a alimentação de seus animais em um momento crítico. Esta ação trouxe alívio e esperança para muitos de nós que estávamos enfrentando grandes dificuldades”.

No município de Poções, o secretário de Agricultura, Jaimilson Moreira, ressaltou a importância da entrega: “essa entrega foi crucial para nossos agricultores, permitindo melhores condições para manter seus animais e assegurar a produtividade, especialmente após um período de seca severa”.

A ação também teve grande impacto em outras regiões. Ivonildo da Silva Lima, agricultor da comunidade de Pedrinhas em Retirolândia, no Território Sisal, onde foram entregues 20.769 sacas, destacou: “o milho chegou em um momento oportuno, quando estávamos sofrendo para alimentar os animais. Foi muito importante para nós, pequenos agricultores e criadores. Utilizamos o milho na ração de caprinos, ovinos, galinhas e porcos, e ajudou muito”.

No Território Piemonte do Paraguaçu, foram entregues 4.507 sacas. Antônio Raimundo de Sena, da comunidade Nova Conquista em Ruy Barbosa, celebrou a ação: “esse milho ajudou na ração dos nossos animais, que estavam passando por uma situação muito difícil, e evitou perdas por falta de alimentação”.

Resultados que fazem a diferença

A entrega do milho garantiu a alimentação dos rebanhos durante a seca, fortalecendo a resiliência das comunidades rurais e assegurando a continuidade da produção agrícola. Com o apoio da CAR, empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), as famílias de agricultores familiares baianos puderam superar os desafios impostos pela estiagem, garantindo a sobrevivência dos seus animais e a segurança alimentar.

“Nossa história precisa ser contada nos livros escolares”, afirma Jerônimo no 2 de Julho

Quinta / 04.07.2024

Por Redação Sertão Hoje

“Aqui na Bahia, com a ajuda da Assembleia Legislativa, nós queremos garantir que os livros produzidos na Bahia contem essa história”, afirmou Jerônimo (Foto: Mateus Pereira/GOVBA).

Durante o evento cívico mais importante da Bahia, o governador Jerônimo Rodrigues destacou que o presidente Lula já deu o aval para que livros didáticos brasileiros possam contemplar o 2 de Julho como marco importante para a Independência do Brasil. "A palavra do Lula ontem reconhece que essa história tem que ser contada para o Brasil". O chefe do executivo disse que o projeto já está em andamento. "No dia 25 de junho, encaminhamos um documento ao ministro da Educação, Camilo Santana, para que os livros didáticos do Brasil possam revelar, contar nossa história. E nós não estamos disputando com o 7 de setembro, não é isso, são outros momentos e etapas", afirma.

Jerônimo também garantiu a produção do conteúdo. "Aqui na Bahia, com a ajuda da Assembleia Legislativa, nós queremos garantir que os livros produzidos na Bahia contem essa história, mas que o MEC possa absorver pelo menos uns capítulos. Nós apresentamos a demanda, mas apresentamos também a nossa capacidade de construção disso. As nossas equipes produzirão o material suficiente para que, assim, a gente possa contar ao Brasil e ao mundo a história da independência do Brasil", concluiu.

Complexo Eólico é inaugurado na Chapada Diamantina e mantém a Bahia na liderança de produção de energia limpa do país

Quinta / 04.07.2024

Por Simônica Capistrano/GOVBA

“Estamos falando, aqui, de transição energética e de geração de emprego”, comemorou o governador. Bahia segue líder na produção de energia renovável (Foto: Fernando Vivas GOVBA).

Pelo segundo ano consecutivo, a Bahia se mantém na liderança da produção de energia éolica do país e segue avançando com a instalação de mais empresas do setor. Nesta quarta-feira (3), o governador Jerônimo Rodrigues, ao lado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou da inauguração do Complexo Eólico Novo Horizonte, em Boninal, na Chapada Diamantina. O empreendimento, já em operação, ocupa uma área de 2,7 mil hectares, o suficiente para abastecer até um milhão de residências no país.

Com um investimento de R$ 3 bilhões e incentivos do Governo do Estado, a empresa argentina Pan American Energy inaugura o primeiro complexo da empresa no Brasil, que reúne 10 parques eólicos e abrange seis municípios (Novo Horizonte, Boninal, Ibitiara, Piatã, Oliveira dos Brejinhos e Brotas de Macaúbas), com um total de 94 aerogeradores distribuídos em 10 parques e capacidade total instalada de 423 MW (Megawatts). O empreendimento atingirá dois milhões de megawatts/hora de energia entregue por ano, o equivalente a uma redução anual de mais de 500 mil toneladas de CO2.

“É uma alegria entregar um projeto que contém dez campos de produção de energia eólica. Estamos falando, aqui, de transição energética e de geração de emprego”, comemorou o governador. O sistema de transmissão do complexo incluiu a construção de uma nova subestação própria de energia elétrica ao longo de 80 quilômetros de linhas de alta tensão, além da ampliação de uma subestação existente, que liga o complexo ao Sistema Interligado Nacional.

Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a Bahia tem sido o celeiro da energia limpa do país: “o Brasil é solo fértil para o desenvolvimento e tem investido muito em transição energética. Já são 180 mil quilômetros de linhas de transmissão e, em breve, teremos um país totalmente interligado. A Bahia tem gerado energia renovável acima da média nacional e, mais uma vez, é líder no Brasil na produção desse tipo de energia. É a força do Velho Chico movendo as nossas hidrelétricas, o sol gerando a energia da mudança e o vento soprando investimentos para fazer esse estado crescer”.

Geração de emprego e renda

Durante os 20 meses de trabalho, o complexo eólico gerou mais de 3.200 empregos, priorizando mão de obra local. Da mesma forma, foram implementados 30 programas socioambientais que visam melhorar a qualidade de vida das 52 comunidades nas proximidades, beneficiando diretamente mais de 4,7 mil pessoas.

O diretor geral da Pan American Energy no Brasil, Alejandro Catalano, destacou o sucesso do trabalho realizado em conjunto com o Governo do Estado. “Esse projeto representa um marco significativo para todos nós e mostra o nosso compromisso com a energia limpa e sustentável. Um sucesso de integração público-privada. Priorizamos a contratação de mão de obra local e atendemos as necessidades prioritárias das comunidades, através de ações de educação, capacitação e meio ambiente”.

Bahia se mantém na liderança

Em 2024, a Bahia segue como líder na produção de energia renovável no Brasil. As 331 usinas em operação no estado produziram cerca de 9,67 mil GWh (Gigawatt-hora), energia suficiente para abastecer 18,4 milhões de residências. Somente em abril deste ano, o estado gerou 2,4 GWh de energia eólica.

Os parques eólicos estão espalhados por 35 municípios baianos, como Boninal, Brumado, Sento Sé, Tucano, Morro do Chapéu, Caetité, Campo Formoso, Pindaí, Gentio do Ouro, Igaporã, Xique-Xique, Guanambi e Mulungu do Morro.

Empreendimento atingirá 2 milhões de megawatts/hora de energia por ano, o equivalente a uma redução anual de mais de 500 mil toneladas de CO2 (Foto: Fernando Vivas GOVBA)

Boninal: Governador participa da inauguração do Complexo Eólico Novo Horizonte amanhã (03/07)

Terça / 02.07.2024

Por Redação Sertão Hoje

Em Boninal, amanhã, dia 03/07, o governador Jerônimo Rodrigues vai participar da inauguração do Complexo Eólico Novo Horizonte, ao lado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e do CEO do Grupo PAE, Marcos Bulgheroni. O Complexo contou com um investimento de R$ 3 bilhões, e está localizado em seis municípios baianos, abrangendo uma área de 2,7 mil hectares. Durante a construção, o empreendimento chegou a ter 2.600 profissionais, a maioria de mão de obra local.

Governo do Estado publica segundo edital Comida no Prato do Programa Bahia Sem Fome

Segunda / 01.07.2024

Por Redação Sertão Hoje

O novo edital beneficiará 30 mil pessoas por dia, totalizando a distribuição de 3,3 milhões de refeições ao longo de 12 meses (Foto:

Nesta sexta-feira (28), o Governo do Estado lança o segundo edital do Comida no Prato, uma iniciativa no âmbito do Programa Bahia Sem Fome. O novo edital beneficiará 30 mil pessoas por dia, totalizando a distribuição de 3,3 milhões de refeições ao longo de 12 meses. Serão selecionadas Organizações da Sociedade Civil (OSC) que deverão assinar um Termo de Colaboração com o Estado para apoiar cozinhas comunitárias e solidárias. O objetivo é fortalecer a Rede de Equipamentos Integrados para o Combate à Fome no Estado da Bahia, no âmbito do Programa Bahia Sem Fome. Cada cozinha comunitária e solidária receberá o valor de R$ 242 mil, para atender diariamente 200 pessoas.

"Nós vamos apoiar 150 cozinhas comunitárias solidárias em 413 municípios, porque os 14 municípios que já foram beneficiados no primeiro edital não vão poder concorrer agora", explica Tiago Pereira, coordenador-geral de Ações Estratégicas de Combate à Fome.

Pereira destaca ainda que "essa iniciativa é fundamental para garantir a segurança alimentar das populações mais vulneráveis e reafirma o compromisso do governo com a erradicação da fome”. O edital Comida no Prato é uma ação executada em parceria com a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), e conta com um investimento de mais de R$ 36 milhões.

O primeiro edital foi lançado há seis meses para atender pessoas em situação de vulnerabilidade alimentar dos 14 maiores municípios baianos. Com essa nova fase, o Programa expande o alcance e reforça o apoio aos demais municípios baianos.

Em 2024 o Programa Bahia Sem Fome, hoje uma política pública, já investiu mais de R$ 900 milhões em recursos destinados ao combate à fome no estado. O governador Jerônimo Rodrigues tem sido um defensor incansável da segurança alimentar e nutricional: “Este novo edital do Comida no Prato é mais um passo na série de ações implementadas para erradicar a fome na Bahia, refletindo o nosso compromisso com o bem-estar e a dignidade da população baiana”, celebra o chefe do executivo baiano.

Junto com o acesso a alimentação pronta, o Comida no Prato é uma importante estratégia de Busca Ativa de 50.000 pessoas em situação de fome e/ou insegurança alimentar grave, bem como, possibilitará a emissão de documentos para quem não tem, sendo no interior através do Cidadania Rural e nos centros urbanos através do SAC Móvel, ações correlatas também ao Bahia Sem Fome.

Esteticista ensina como cuidar da pele no inverno; olhos e boca devem receber atenção especial

Segunda / 01.07.2024

Por Redação Sertão Hoje

A ingestão de líquidos e o uso do protetor solar auxiliam no bem-estar do órgão durante os dias frios (Foto: Divulgação)

O inverno é a estação mais fria do ano, e as temperaturas mais baixas podem interferir diretamente na saúde da pele, o maior órgão do corpo humano. Sintomas como ressecamento e o envelhecimento da epiderme, muitas vezes causados pela exposição ao ar gelado sem a proteção necessária, são os mais frequentes neste período. Hábitos e rotinas de cuidado com a cútis, como o uso do protetor solar e a ingestão de bastante água podem ser seguidos para evitar esses e outros sintomas.

Em qualquer estação do ano a pele precisa de cuidados. Contudo, os hábitos de proteção variam de acordo com o clima de cada estação. No inverno é preciso usar protetor solar todos os dias, mesmo que esteja nublado, bem como é indicado realização da limpeza e hidratação da pele com frequência. 

“Como cada pele tem suas características particulares, é importante usar um produto específico e recomendado por um profissional adequado. Para as mais secas, por exemplo, recomendamos hidratantes mais cremosos e potentes”, ressalta a professora do Centro Universitário UniFG e fisioterapeuta dermatofuncional, Janne Jéssica Souza.

Ainda de acordo com a especialista, a atenção com a ingestão de líquidos deve ser redobrada, pois o consumo de água influencia diretamente na saúde e aparência da pele. A temperatura da água utilizada para o banho também deve ser observada, já que o contato com uma temperatura maior pode agredir a pele, assim como o uso das esponjas corporais. “A textura áspera esfolia a cútis, removendo as células que ajudam na proteção. A substituição dos sabonetes deve ser considerada no inverno. Troque aqueles com mais ação de remoção de oleosidade por outros mais suaves”, pontua.

Cuidados com os lábios e os olhos

As áreas dos olhos e dos lábios podem ressecar durante o inverno devido ao clima frio, por isso é indicado que se utilize protetor labial e hidratante para proteger e evitar o ressecamento nessas regiões. 

Ainda para os olhos, Janne Jéssica Souza ressalta uma série de recomendações, como por exemplo: o não compartilhamento de objetos pessoais; manter as roupas de cama, tapetes, carpetes e cortinas limpos, evitando o acúmulo de poeira; sempre lavar as mãos; evitar coçar os olhos; abrir as janelas para que o ar possa circular.

Vantagens para procedimentos estéticos

É fato que se não existir hábitos e rotinas saudáveis, o clima mais frio pode prejudicar a pele. Contudo, a estação é a mais indicada pelos especialistas para a realização de procedimentos estéticos, já que o clima proporciona várias vantagens que não estão presentes em outras épocas do ano.

“Para quem deseja realizar procedimentos, o inverno pode ser a estação mais apropriada, pois ajuda a manter a pele hidratada, diminui o risco de manchas, reduz o fotoenvelhecimento, rejuvenesce a pele, proporciona preparação mais adequada, além de promover um maior conforto”, lista a professora da UniFG.

Hábitos para manter a pele

hidratada no inverno

Abaixo, confira um resumo de dicas para manter a pele sempre hidratada durante essa estação:

Usar protetor solar com frequência, mesmo em dias nublados;

Utilizar cremes hidratantes;

Evitar o uso de retinóides em excesso;

Evitar banhos muito quentes;

Aumentar a ingestão de água;

Reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e doces.

Inscrições abertas para a 4ª Conferência Estadual da Mulher Advogada

Sexta / 28.06.2024

Por Redação Sertão Hoje

Já estão abertas as inscrições para o evento "Mulheres Plurais: caminhos para mudar o mundo", que a OAB da Bahia realizará nos dias 22 e 23 de julho, no Centro de Convenções Salvador, na Boca do Rio. Trata-se da 4ª Conferência Estadual da Mulher Advogada, evento trienal organizado pela Seccional. Serão dois dias de debates, oficinas e atividades culturais voltadas a discutir a mulher na sua pluriversalidade. Será um espaço de escuta e participação da advocacia e de toda a sociedade, propondo pensar o presente e refletir caminhos futuros.

Bahia amplia público-alvo para vacinação contra a Covid-19

Sexta / 28.06.2024

Por Redação Sertão Hoje

A Secretária Roberta Santana destacou a importância de um esforço conjunto entre o Estado, Municípios e a população para evitar desperdício de doses (Foto: Dóris Queirós/Saúde GovBA).

Em uma medida emergencial para evitar o desperdício de imunizantes da nova vacina contra Covid-19, a XBB, a Comissão Intergestores Bipartite (CIB) decidiu pela ampliação do público-alvo do imunizante com data de vencimento em 03/07. A decisão foi tomada durante a reunião desta quinta-feira (27), da qual participaram os secretários municipais da saúde e a secretária estadual da Saúde, Roberta Santana.

Atualmente, há 14.983 doses próximas ao vencimento na Bahia. Os municípios de Teixeira de Freitas, Simões Filho e Guanambi registram a maior quantidade de doses em estoque. Com a decisão tomada pelos gestores, pessoas a partir de 5 anos de idade e que não fazem parte dos grupos prioritários poderão receber uma dose da XBB, independentemente do histórico vacinal. Contudo, é necessário que seja respeitado o intervalo mínimo de três meses da dose mais recente.

Anteriormente, o imunizante estava disponível apenas para o público-alvo composto por: Crianças entre 6 meses e menores de 5 anos; Pessoas de 60 anos ou mais; Pessoas vivendo em instituições de longa permanência; Pessoas imunocomprometidas; Indígenas vivendo em terra Indígena; Indígenas vivendo fora da terra Indígena; Ribeirinhos; Quilombolas; Gestantes e Puérperas; Trabalhadores da saúde; Pessoas com deficiência permanente; Pessoas com comorbidades; Pessoas privadas de liberdade; Funcionários do sistema de privação de liberdade; Adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas; e Pessoas em situação de rua.

A secretária estadual da Saúde, Roberta Santana, destacou a importância de um esforço conjunto entre o Estado, Municípios e a população para garantir que não haja desperdício de doses. “É necessário o esforço de todos para evitarmos possíveis desperdícios dos imunizantes. Por isso, peço a população que busque uma Unidade Básica de Saúde e vacine-se.”, afirmou a gestora.

O novo imunizante é mais eficaz no combate à variante XBB.1.5, responsável, atualmente, pelo maior número de casos e de internações no Brasil e no exterior.

Saiba a importância de não utilizar produtos de higiene humana em pets

Quinta / 27.06.2024

Por Gisele Almeida

Especialista ressalta algumas recomendações para uma higiene animal mais adequada (Foto: Divulgação)

Em muitos lares os pets são amados como filhos dos seus tutores, estando presente em diversas atividades da família. Contudo, por muitas vezes, os humanos esquecem que os animais precisam de cuidados específicos e apropriados, principalmente quando se fala em higiene e nos produtos que podem ser utilizados na pele dos pets.

O pH, unidade de medida que estabelece o nível de acidez ou alcalinidade de uma substância da pele, varia de acordo com as espécies de animais e cumpre diversas funções importantes na saúde deles. Para se ter uma ideia, o pH da pele humana varia entre 4,5 e 5,9, enquanto o dos cães está entre 6,3 e 7,5. Já o dos gatos é ainda maior, ficando em torno de 7 e 7,5.

Portanto, por se tratar de espécies diferentes e com características distintas, os produtos de higiene devem ser desenvolvidos respeitando a necessidade da pele de cada uma delas. Sendo assim, o uso de shampoos, condicionadores, sabonetes, perfumes, talcos, cremes dentais e demais produtos desenvolvidos para a higiene humana não são indicados para uso em animais de estimação.

Segundo Lorena Augusta, professora do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário UniFG, instituição pertencente ao Ecossistema Ânima Educação, a utilização indevida desses produtos pode provocar algumas consequências, dentre as quais: relações alérgicas, mudança no pH da pele, hiper ou baixa produção de compostos sebáceos, o que acaba resultando em ressecamento, coceira, irritação e até lesões profundas.

“As áreas do corpo dos animais que mais apresentam essas reações alérgicas são o focinho, lábios, vulva, prepúcio e região do ânus. Geralmente, sintomas como vermelhidão e inchaços são os mais comuns a aparecerem após o uso de produtos de higiene humana. Por isso, ao perceber algum desses sintomas, não hesite em procurar um médico veterinário para o tratamento mais adequado possível”, alerta a especialista.

Outra prática muito comum entre as pessoas que possuem pets é a utilização de produtos indicados para bebês. Isso acontece pela errônea crença de que esses itens podem ter um efeito mais suave na pele do animal. “Não se deve fazer uso de produtos indicados para bebês com pH neutro na pele dos animais. Os mesmos foram desenvolvidos para pele da criança e uso em pets poderá desencadear uma disbiose na derme animal”, explica a professora da UNIFG. 

A importância dos cuidados nos banhos 

Sobre a rotina de banhos dos animais, Lorena Augusta explica que a avaliação da necessidade e dos intervalos para banhos dos pets precisa ser feita por um profissional. “O intervalo entre os banhos deve ser instituído após avaliação da necessidade, seja ela baixa ou alta exposição às sujidades. Um pet saudável, por exemplo, tem indicação de banhos quinzenais ou até mensais. Por outro lado, existem aqueles animais que precisam de banhos terapêuticos, esses devem estar especialmente sob orientação médica” explica.

Segundo a veterinária, a raça do animal também pode alterar esse intervalo, a exemplo dos cães de pelagem longa que precisam de penteação e menor intervalo entre os banhos. “Os gatos não precisam de banhos, com exceção dos banhos terapêuticos (prescrito pelo médico veterinário)”, orienta.

Dicas para garantir uma higiene

adequada para o seu animal

Para que a pele dos animais esteja, de fato, protegida e livre de reações alérgicas, algumas indicações são fundamentais nos cuidados higiênicos diários. Entre as principais recomendações estão:

Garanta que produtos de boa qualidade estejam sendo utilizados na higiene do pet;

Opte sempre por utilizar itens indicados por um médico veterinário da sua confiança;

Caso leve o seu animal de estimação para um banho em um Pet Shop, certifique-se de os produtos de higiene utilizados sejam adequados para o seu pet;

É importante que não haja a humanização do animal no quesito higiene. Lembre-se que ele estará mais seguro e protegido com fórmulas que se adequem e sejam indicadas diretamente para os cuidados animais.

300 mil estudantes da rede pública da Bahia recebem internet de graça com chip educacional inovador

Quinta / 27.06.2024

Por Juliana Possas

Internet móvel gratuita fornecida pelo governo estadual conta com filtro de conteúdo inviolável, que dão segurança e efetividade ao estudo realizado em casa (Foto: SECOM/GOVBA).

Uma das principais estratégias indicadas por especialistas para a evolução da educação pública no Brasil está em curso na Bahia. A partir deste ano, 300 mil estudantes Ensino Fundamental e Ensino Médio das redes estadual e municipais já contam com acesso gratuito à internet para realizar estudos em suas casas, como complemento às aulas presenciais. No início do ano letivo, foram distribuídos 194 mil chips de internet móvel e, neste mês, mais 110 mil alunos também foram contemplados pelo programa.  

Os mais de R$ 80 milhões investidos pelo governo estadual são provenientes do Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações) e fazem parte dos R$ 3,5 bilhões destinados a estados e municípios para oferecer conectividade a até 22 milhões de crianças e adolescentes de famílias de baixa renda, que estejam inscritas no CadÚnico, quilombolas e indígenas.

Além de promover a inclusão digital de estudantes pobres, o programa conta com uma tecnologia inovadora, desenvolvida no Brasil, para dar efetividade e segurança ao ensino híbrido, que combina atividades em sala de aula com reforço e nivelamento de conteúdo em casa. O chip recebido pelos alunos é a porta de acesso para um ambiente de ensino gerenciado pelos profissionais da educação. Os alunos são conduzidos a uma trilha de aprendizado individualizada, com controle de desempenho, assiduidade e tarefas, e só conseguem navegar nos endereços web permitidos pela secretaria de educação. Isso só é possível devido a um filtro de conteúdo hospedado na “nuvem”, inviolável ao contrário dos similares instalados nos dispositivos.  

“Anteriormente, os governos usavam chips convencionais e sistemas de bloqueio de conteúdo instalados nos aparelhos. Com isso, os estudantes podiam facilmente burlar o sistema e usar o pacote de dados custeado pelo poder público para outros fins, como consumir conteúdos de entretenimento”, diz Rivaldo Paiva, CEO da Base Mobile, startup de Pernambuco responsável pelo desenvolvimento da solução. “Com essa nova tecnologia, de fato, podemos assegurar o bom uso do recurso público e que crianças e adolescentes não tenham acesso a conteúdos inadequados e nocivos, como os que propagam a violência no ambiente escolar.” 

Em 2023, o Brasil registrou nova onda de casos de violência em escolas, em ações muitas vezes coordenadas ou estimuladas pela internet. Ao mesmo tempo, segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), em um ano, entre 2021 e 2022, houve uma “explosão” no número de casos “sensíveis” envolvendo estudantes e as novas tecnologias de comunicação: 61% dos 1.424 professores ouvidos pela pesquisa “Tic Educação 2022” relataram ter apoiado alunos nesse tipo de ocorrência. Situações de “disseminação ou vazamento de imagens sem consentimento” foram as que mais cresceram (+117%). A seguir, vieram relatos de “cyberbullying” (+55%), “uso excessivo de jogos e tecnologias digitais” (+44%), “assédio” (+42%) e “discriminação” (+36%).    

“No caso de escolas que oferecem aos alunos acesso gratuito à internet, o controle sobre os conteúdos é importante para garantir que as ferramentas digitais sejam usadas com segurança para fins educacionais”, explica Ricardo Castellini, coordenador de educação para a mídia, na Irlanda, do Observatório Europeu de Mídia Digital, principal iniciativa de educação midiática da União Europeia. “Crianças e adolescentes ainda estão formando sua capacidade crítica de entender o mundo a sua volta, e, portanto, nem sempre conseguem avaliar com segurança e confiança a qualidade dos conteúdos a que são expostas”.  

Outros programas de conectividade

O uso dos recursos do Fust para promover a inclusão digital no ensino público também está se transformando em realidade em outras regiões do país.

Além do programa Internet Brasil, iniciativa do Governo Federal que já beneficiou 50 mil estudantes e vai alcançar um total de 700 mil, o chip educacional com filtro de conteúdo e demais funcionalidades foi adotado no ensino público de diferentes estados e municípios. Incluindo a Bahia, mais de 400 mil alunos estão usando a tecnologia nos programas de conectividade em diversos estados e municípios, como Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO), Nova Lima (MG) e Lagoa Santa (MG). O sistema também foi contratado e será implantado pelos governos dos estados de Espírito Santo e Sergipe, além das prefeituras de Aracajú (SE) e Joinville (SC), beneficiando outros 610 mil estudantes.

Em coletiva de imprensa, SSP aponta redução dos principais delitos no São João 2024

Quinta / 27.06.2024

Por Anderson Oliveira/GOVBA

O esquema de segurança vai continuar até o dia 2 de julho, passando pelos festejos de São Pedro e da Independência da Bahia. (Foto: Feijão Almeida/GOVBA)

O balanço das ações de segurança realizadas durante o São João 2024 foram apresentados nesta quarta-feira (26), em uma coletiva de imprensa promovida pela Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA). A divulgação dos dados estatísticos e de produtividade policial, além das principais ações ocorridas no período foram apresentadas no Centro de Operações e Inteligência (COI), em Salvador. O evento contou com a presença de representantes das Polícias Militar e Civil, bem como do Corpo de Bombeiros Militar (CBMBA).

O titular da pasta, Marcelo Werner, destacou o clima de paz que reinou nas festas ocorridas na capital e interior do estado: “mais de 2,5 milhões de pessoas adentraram esses circuitos. Tivemos diminuição dos principais delitos em relação ao mesmo período do ano passado. Garantimos a complexidade da operação no São João, como a gente faz, normalmente, no Carnaval”.

No período, 22 mil policiais e bombeiros militares reforçaram o efetivo em 325 municípios que realizaram festas com grandes atrações. Nesses dias, aconteceram 10 prisões por reconhecimento facial e sete pessoas com tornozeleira eletrônica foram capturadas.

Entre as ocorrências registradas nos circuitos do São João estão 12 roubos, 343 furtos, 185 mil fogos apreendidos e três armas apreendidas, sendo um fuzil, além de um integrante do baralho do crime que foi localizado. O secretário Marcelo Werner lembrou que, em breve, essa ferramenta será atualizada com a inserção de 19 novas cartas.

Pelo lado da Polícia Militar (PMBA), a produtividade indica que 377.182 pessoas foram abordadas, com 209 sendo conduzidas para averiguação. Mais de 7 mil motos e carros foram abordados.

O comandante-geral da PMBA, coronel Paulo Coutinho, explicou como se deu o esquema montado pela corporação. “Foi um planejamento grande, muito extenso, para todos os municípios que tiveram atrações. O resultado foi positivo, o saldo fala por si só. Isso demonstra um trabalho preventivo, feito antes, no controle, sobretudo, da comercialização ilegal de fogos, mas, também, da apreensão desses fogos de artifício. E, durante as festas, nós tivemos uma grande redução, principalmente, de lesões e isso demonstra, de forma clara, a ostensividade da Polícia Militar presente, com o serviço de inteligência atuante”, lembrou.

Dados da SSP-BA indicam que 2,5 milhões de pessoas curtiram os festejos em Salvador e outras 11 cidades que contaram com os portais de abordagem. A Polícia Civil contabilizou 33 autos de prisão e 44 prisões em flagrante.

De acordo com a delegada-geral Heloísa Brito, este baixo número também se deve ao grande investimento feito pelo Estado para garantir uma atuação mais efetiva das forças de segurança. “A Polícia Civil fez um investimento de quase R$ 4,7 milhões, foram mais de 1.600 servidores todos esses dias. E nós conseguimos levar para o interior do Estado 14 novas unidades diárias, ou seja, aquilo que a gente faz aqui, também, no Carnaval de Salvador, nós replicamos no São João. E, em paralelo ao registro de ocorrência, nós levamos também um local especializado para qualquer vítima de intolerância ou vítima de violência”, contou ela.

Nos festejos deste ano, o Departamento de Polícia Técnica (DPT) fez 19 exames de lesão corporal e 22 identificações de drogas. O Corpo de Bombeiros registrou 818 ocorrências nos circuitos da festa e 806 atendimentos pré-hospitalares.

O coronel Adson Marchesini falou sobre a importância da conscientização da população. “Não é só porque o saldo foi positivo que nós não devemos continuar nos preocupando, principalmente com fábricas clandestinas, principalmente com o uso dos fogos de forma indevida, com a falta de cuidado com as crianças. Devemos redobrar nossas atenções para que, no ano que vem, a gente possa ter um São João ainda mais tranquilo e, também, com o uso de bebida alcoólica de forma irregular”, sinalizou o comandante-geral do CBMBA.

O esquema de segurança vai continuar até o dia 2 de julho, passando pelos festejos de São Pedro e da Independência da Bahia.

Transferência da sede do Governo do Estado para Cachoeira, no Recôncavo, marca o início das comemorações pelo 2 de Julho

Quarta / 26.06.2024

Por Redação Sertão Hoje

O ato simbólico contou com a participação do governador Jerônimo Rodrigues, que lançou a Feira Literária Internacional de Cachoeira – FLICA 2024 (Foto: Feijão Almeida/GOVBA).

A cerimônia de transferência simbólica da sede do Governo do Estado de Salvador para Cachoeira, no Recôncavo Baiano, nesta terça-feira (25), marcou o início das comemorações pelos 201 anos da Independência do Brasil na Bahia. O ato simbólico contou com a participação do governador Jerônimo Rodrigues, que recebeu o título de cidadão cachoeirano e lançou a Feira Literária Internacional de Cachoeira (Flica 2024).

O tiro da alvorada, no porto de Cachoeira, marcou o início da solenidade. Em seguida, houve o hasteamento da bandeira na Praça da Aclamação, com execução dos hinos Nacional, da Bahia e de Cachoeira pela Banda de Música da PM e Filarmônica 25 de Junho; e o 'Te Deum', ato religioso na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em memória aos que lutaram pela independência.

Na Câmara Municipal, o governador recebeu o Título de Cidadão Cachoeirano por suas importantes contribuições ao desenvolvimento do município, e na oportunidade, anunciou a entrega ao Ministério da Educação de um documento para que a luta pela independência do Brasil na Bahia seja um componente curricular na rede estadual de ensino e faça parte dos livros didáticos. “É uma honra receber essa homenagem em um local onde a independência do país começou. Com o Governo se instalando em Cachoeira temos a oportunidade de mostrar ao país a nossa força. Encaminharei um documento ao MEC, orientando que os livros e o currículo escolar possam contar a história real do nosso povo, que não é só da Bahia, mas do Brasil”, pontuou Jerônimo Rodrigues.

Reconhecer a importância de Cachoeira nas batalhas travadas no 2 de julho, feriado estadual, foi um dos objetivos da mudança de sede do governo por um dia, que aconteceu pelo 17° ano consecutivo, após aprovação da lei 10.695, de 2007. “A data simboliza um trabalho intenso de valorização da história da Independência do Brasil, consolidada na Bahia, a partir da luta do povo. “A participação dos cachoeiranos na batalha do 25 de junho marca o simbolismo que hoje é reforçado nessa transferência da capital do estado pra cá. É o compromisso do governo para seguir trabalhando pela preservação dessa história e valorização da nossa identidade”, afirmou o secretário da Cultura do Estado (Secult), Bruno Monteiro.

Estiveram presentes na cerimônia, a primeira-dama do Estado Tatiana Velloso, a secretária da Educação, Rowenna Brito, a secretária de Infraestrutura Hídrica e Saneamento, Larissa Gomes Moraes, a secretária de Promoção da Igualdade Racial, Ângela Guimarães, a secretária de Políticas para as Mulheres, Elisângela Araújo, a secretária da Saúde Roberta Santana, o secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner, a superintendente de Políticas para os Povos Indígenas, Patrícia Pataxó, o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e outros gestores do Estado.

O governador voltará à Cachoeira no dia 29 de junho para anunciar ações nas áreas de educação, segurança, infraestrutura, turismo e desenvolvimento rural.

Fogo simbólico

Os municípios do Recôncavo Baiano e da Região Metropolitana de Salvador, que também tiveram participação nas batalhas, serão contemplados com a passagem do fogo simbólico. A partir do dia 30 de junho, o fogo percorre 100km em direção a Salvador, passando pelas cidades de Saubara, Santo Amaro, São Francisco do Conde, Candeias, Simões Filho, até chegar ao bairro de Pirajá, na capital baiana, para as comemorações pela independência, no dia 2 de julho.

Bahia pela Independência

Uma das vilas mais importantes do Brasil nos séculos XVII e XVIII, Cachoeira esteve entre as cidades que deram início às batalhas decisivas para tornar o Brasil independente de Portugal.

Em 25 de junho de 1822, os cachoeiranos assumiram a liderança do movimento que deflagrou a guerra pela Independência da Bahia. Pelos feitos heróicos de seu povo, o imperador D. Pedro I, em 1837, elevou a antiga vila à categoria de cidade, com a denominação de Heróica Cidade da Cachoeira.

O Brasil está preparado para a liberação da maconha? O que dizem os especialistas?

Quarta / 26.06.2024

Por Redação Sertão Hoje

A discussão sobre a possibilidade de descriminalização do porte de drogas – entre elas a maconha – para consumo próprio no país gerou impasse entre o poder legislativo e o judiciário

Um sistema de saúde que tenha condições de receber novas demandas, atendimento na segurança pública e a preocupação com a possibilidade de um comércio de drogas. Na opinião do advogado especialista em direito penal Marcus Gusmão, o país não está preparado para descriminalizar as drogas. 

“O Brasil é um país de proporções continentais, como a gente sabe, e isso dificulta sobre a maneira necessária de fiscalização, porque uma descriminalização, ela induziria a certas necessidades de fiscalizações tributárias, certas fiscalizações de vigilância sanitária. Situação essa que, em razão exatamente dessa proporção do país, tornaria uma coisa bastante difícil, para não exagerar, e dizer praticamente impossível”, analisa.

A discussão sobre a possibilidade de descriminalização do porte de drogas – entre elas a maconha – para consumo próprio no país gerou impasse entre o poder legislativo e o judiciário, onde o Supremo Tribunal Federal (STF) discutia a inconstitucionalidade de enquadrar como crime unicamente o porte de maconha para uso pessoal. 

O doutor em direito do Estado pela USP Rubens Beçak vê com preocupação essa quebra de braço: “O povo brasileiro não consegue perceber, porque não é especialista, não é técnico jurídico, ou quem estuda o tema. Não entende por que que um comando uma vez vem num sentido e logo em seguida vem um comando no outro sentido, sendo que na verdade o que acontece é que de um lado temos a norma e outras vezes, legitimamente, o Supremo, imbuído dessa função de Corte Constitucional, dizendo que é constitucional ou não”. 

O especialista Marcus Gusmão acredita que o Brasil não está preparado para enfrentar as possíveis consequências com a descriminalização da maconha para consumo próprio: “Essa descriminalização do porte de maconha para uso próprio, para consumo pessoal, em pequenas quantidades, pode trazer uma série de outros efeitos colaterais. Um aumento grande quanto ao tráfico de drogas, situações de sobrecargas ao sistema de saúde pública, principalmente, e, de repente, um aumento até de outras infrações penais que são correlatas mesmo ao próprio uso de maconha, como por exemplo os pequenos furtos”, salienta.

Para Rubens, essa postura só causa mais transtornos e insegurança para a sociedade: “Para a percepção final do destinatário, isso dá uma confusão muito grande, o que não é desejável para a percepção do sistema de justiça, para a percepção do sistema em última análise democrática”, destaca.

De quem é a palavra final?

O advogado especialista em direito penal Marcus Gusmão explica que é dever do legislativo trazer as previsões legais ou retirar as que já existem. Ele diz que o legislador, quando prevê uma determinada norma, ele faz a análise do ponto de vista da política criminal, do ponto de vista da sociedade, considerando que são os representantes do povo que fazem as previsões legais. 

“A palavra final sobre o porte de drogas para consumo próprio, de um modo geral, tem que ser do Poder Legislativo. Então, a conduta prevista como norma tem que vir do legislador, é a palavra que tem que vir do legislador. O Supremo dá a interpretação em relação às situações que vivencia, às análises que o Poder Judiciário é chamado a ter todo dia, porém essa interpretação é sempre baseada na lei prevista pelo legislador, que em regra é quem dá a última palavra sobre esse assunto”, destaca.

O doutor em direito do Estado pela USP Rubens Beçak avalia essa discussão como consequência do atrito entre os poderes o que, segundo ele, é até natural diante de uma Constituição que tem uma série de comandos ou de leis que vem posteriormente à Constituição e geram conflitos. Mas ainda assim, ele acredita que tanto o legislativo como o judiciário estão caminhando em polos opostos. 

“A atual legislatura tem tido uma pauta de costumes como mais conservadora, enquanto o Supremo Tribunal Federal tende a ter uma maioria mais, digamos assim, nesta pauta, progressista. Ambos têm legitimidade e é um fenômeno aí que temos observado muito no Brasil sobre a afirmação de quem teria a palavra final naquele assunto”, observa. Fonte: Brasil 61.