Sertão Hoje

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Aurélio Rocha

brumadense, paramiriense e caetiteense, Aurélio Rocha é médico, formado pela UFBA, turma de 1963. É professor Titular de Ginecologia-Obstetrícia da Faculdade de Itajubá-MG

UMA PIADA!

Está a Nação, após a sacudida que tomou com o povo nas ruas, em várias encruzilhadas, a procura de uma saída. Parece que a Presidente (e não presidenta) Está perdida com tantos Ministros (são só 39) e um mundo de assessores que para entendidos “são simples asponis petistas”. Plebiscito? Referendo? Até o momento em termos de Nação, daqui do “meu quartinho-biblioteca”, não vislumbro nada e até gostaria de ir com Lula (ou pernambucano sabido!..) na próxima viagem que fará “de negócios” para a África. Ainda vou esperar acontecimentos na próxima semana após a ressaca da queda da popularidade da D. Dilma pelas pesquisas da “Data-folha”. Mas o que circula – e o nosso foco, óbvio, é a SAÚDE – e já considerando como “loucura inatingível” pelo menos nos meios de comunicação é inviável a inoportuna algumas metas anunciadas via Ministério da Saúde como:

- importação de médicos estrangeiros para atendimento em áreas remotas do país. Tudo bem. Concordamos e perguntamos o que fará um pobre médico espanhol lá longe com um tensiometro, um estetoscópio  e quiçá um termômetro, para atendimento de pessoas falando uma língua desconhecida?

- criação de 11.400 vagas de graduação em escolas médicas. Onde? Como? Qual o tempo? Tem o governo professores aptos para colocar mais 150 escolas médicas em funcionamento, com hospitais-escola e infra-estrutura adequada para tanto?

- aplicação de sete bilhões em hospitais e UBS sem uma discriminação, apenas anuncio como também dispensa de quase cinco bilhões da divida dos hospitais filantrópicos em troca de atendimento. Aqui “o míope” chegou a se arrepiar porque tal montante é resultado da remuneração inadequada pelos serviços médico-hospitalares vis SUS.

- em nenhum momento, nem a Presidente nem o “Padilha” tocaram numa coisa que é o clamor: ausência de Enfermeiros, Técnicos, Laboratoristas e etc., enfim pessoal que com médicos fazem equipe de atendimento mesmo que os “doutores sejam importados”. E um detalhe: há que haver “um tradutor”.

Um detalhe para se situar na questão “médicos estrangeiros”. Particularmente tenho minhas reservas ainda mais porque o Ministério do Padilha (que é médico e deseja, sabem lá as razões, ser candidato a Governador de São Paulo) não fixou a premissa do “exame prévio” para capacitação do profissional. Países desenvolvidos aceitam médicos de outros países mas antes que exerçam a medicina passam por um rigoroso exame de “revalidação do diploma, mesmo temporário”.

Por fim: a falácia de que foi proposto ou seja aumentar recursos é desejar iludir o povo. O orçamento brasileiro destina à SAÚDE (para tudo) 8,7% o que é vergonhoso se falarmos que na Argentina o teto é de 20,4% e a Colômbia tem orçamento de 18,2%! Em resumo: difícil D. Dilma e seus 39 Ministros, além de sua base política, navegar até 2014. O Aécio, a Marina, O Eduardo Campos, O serra estão ai... Uma chance né?

Em 29/06/2013