Sertão Hoje

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Colunistas

Fabiano Cotrim

É professor e advogado do escritório "Cotrim, Cunha & Freire, Advogados Associados", em Caetité. Membro da Academia Caetiteense de Letras (cadeira Luís Cotrim), Mano, como é conhecido, gosta mesmo é de escrever poesias, mas, desde os tempos de Maurício Lima, então batucando na sua velha Olivetti Lettera 32, colabora com o Jornal Tribuna do Sertão, sempre nos mandando crônicas.

O Brasil é muito melhor do que atualmente parece ser...

Nesses tempos de desvalorização, precarização, demonização até do serviço público e dos servidores públicos, é sempre bom lembrar aos jovens que essa conversa toda não passa de um plano maligno e que nos custará ainda mais atraso e pobreza.

Contudo, não é esse o objetivo desta crônica singela, ou, por outra, essas linhas não serão tingidas com as cores da amargura que caracterizam essa triste passagem da vida nacional.

Aqui, em página já tradicional da velha Tribuna do Sertão, hoje eu quero é comemorar, louvar o bom serviço público, um bom e mais do que bom servidor público que se aposentou recentemente. É um amigo especial, digo logo para não me tomarem por reles bajulador. E adianto que dado o seu proceder discreto posso até arrumar confusão, pois toda a carreira exemplar deste amigo foi pautada pela ética, aí incluída exatamente a discrição, a noção exata e precisa do que é servir ao público sem esperar dele, e nem da instituição ao qual serviu, maiores reconhecimentos. Mas vou homenageá-lo publicamente mesmo assim, que ele merece e é preciso que saibam todos, sobretudo os mais jovens, que servidores públicos como o amigo em questão existem e trabalham com dedicação e responsabilidade pelo bem do país.

Começou a carreira ainda menino, um menor aprendiz como se dizia, no então importante e fundamental Banco do Brasil, na agência aqui de Caetité, onde agora a encerrou com as honras e glórias de quem faz bem feito o que lhe é dado fazer. Figura conhecidíssima na cidade, o nosso aposentado é daqueles que nunca faltava ao serviço, nunca se atrasava para o serviço, ainda que a vida lhe trouxesse as atribulações tão comuns a todos. Estava sempre lá, no seu posto e disposto a servir, sem distinção, a qualquer um do público que precisasse dos serviços oferecidos pelo Banco do Brasil.

Paro por aqui, pois o homenageado realmente pode ficar bravo comigo por ter tomado a liberdade de tornar pública a sua aposentadoria e mais ainda a sua importância para a nossa comunidade, para o serviço público, para o nosso país. Que seja. Correrei o risco de levar um pito, mas nesses tempos de desvalorização, precarização, demonização até do serviço público e dos servidores públicos, registro que o querido aposentado Carlos Mateus da Cunha, Mateuzim para os íntimos, é prova viva e forte de que o Brasil é muito melhor do que atualmente parece ser...