Sertão Hoje

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Polícia Técnica da Bahia recebe mais três equipamentos de última geração

Sábado / 18.07.2015

Por Redação Sertão Hoje

As provas geradas pelo Ibis instruem inquéritos policiais, que são usados pelo MP nas ações penais (Fotos: Raul Golinelli/GOVBA)

Em todo o Brasil, apenas três estados, entre eles a Bahia, possuem a tecnologia do Ibis Trax 3 D, equipamento fabricado no Canadá que analisa as imagens de munição utilizada em crimes e organiza as informações em banco de dados. Isso torna possível descobrir se uma arma usada na prática de algum crime foi utilizada em outras ocorrências. Com três equipamentos funcionando desde 2007, outros três foram adquiridos e estão sendo instalados na Coordenação de Balística Forense, do Departamento de Polícia Técnica (DPT) da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP). A munição de vários calibres e armas, como escopetas, metralhadoras, revólveres 38 e .40 é examinada pelos peritos, que fazem a imagem em 3D de cada uma delas. Toda arma deixa uma espécie de ‘impressão digital’ na munição - é aí que entra o uso do Ibis. Segundo a perita Margareth Tristão, da Coordenação de Balística Forense, “um delegado encaminha uma arma ou munição e o Ibis correlaciona outros casos ocorridos com a mesma arma e registrados no banco de dados. O Ibis já fez mais de 1,2 mil correlações. A mais famosa é a da chacina de Mussurunga, em Salvador, em que a arma foi relacionada a outras dez vítimas por meio do equipamento”.

As provas geradas pelo Ibis instruem inquéritos policiais, os quais, posteriormente, são utilizados como base para que o Ministério Público ingresse com ações penais no Poder Judiciário. Promotores e procuradores do Ministério Público do Estado participaram, nesta sexta-feira (17), de um workshop, promovido em parceria com o DPT, e puderam conhecer melhor o funcionamento do órgão e do equipamento. A aplicação de tecnologias na produção de provas oferece mais segurança para que promotores e magistrados possam realizar o seu trabalho, de acordo com o coordenador de Crimes Cibernéticos do Ministério Público da Bahia, Fabrício Rabelo Patury.

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