Caetité: INB adquire máscaras de tecido de costureiras locais
Quarta / 10.06.2020
Por Redação Sertão Hoje
A Indústrias Nacional do Brasil (INB) solicitou a produção de aproximadamente 7 mil máscaras em tecido para apoiar a economia do entorno de suas unidades. A demanda foi atendida por costureiras autônomas dos municípios de Resende e Itatiaia, no estado do Rio de Janeiro, e de Caetité, no sudoeste da Bahia. As máscaras serão distribuídas a empregados e estagiários em todas as unidades, como forma de aumentar a proteção contra o novo coronavírus durante o expediente. Em Caetité, foram encomendadas 1.650 máscaras.
“Optamos por comprar com costureiras do entorno das unidades como forma de oportunizar um trabalho para elas, uma geração de receitas e recursos num momento muito difícil. O grande fator motivador foi esse: promover esse pequeno comércio, essa pequena indústria, vamos dizer assim, artesanal. Estamos dando uma pequena contribuição que somada a ajuda de outras empresas e de outras pessoas podem gerar muito benefícios nesse período. Não importa o tamanho da ajuda, o que importa é que ela seja feita. É o somatório de todas as pequenas e médias ações que faz a diferença”, explicou o presidente da INB, Carlos Freire Moreira,
Nas comunidades próximas à Unidade de Concentração de Urânio (URA), em Caetité, 7 profissionais aceitaram esse desafio. São costureiras de Maniaçu, Juazeiro e São Timóteo, já tradicionais nesses locais e também novatas no ramo. Seja com equipamentos mais modernos e elétricos ou com máquinas centenárias ainda movidas a pedal, todas executaram com maestria a atividade a que se propuseram e entregaram material no prazo. Maria Carmem, conhecida com Nuga, destacou que as outras atividades que trazem renda para casa estão paradas. “Faço bolo e tenho um salão está tudo parado. Esse dinheiro será bem-vindo para pagar algumas contas”, disse.
Algumas herdaram essa profissão e as máquinas das mães e até avós, como Sone Soneli que recordou o tempo em que aprendeu a costurar com a avó. Também Nuga herdou a máquina da mãe que a ensinou a costurar desde pequena. Teve quem começou fazendo as máscaras para os de casa e depois descobriu que poderia ajudar outras pessoas se expandisse a produção. Maria Clara conta que já havia se disponibilizado no grupo da associação. Modesta diz não ter muita prática, mas tem paixão, por isso aceitou o desafio. “Sei que é para a prevenção da saúde. Espero que seja bem aceita e que todos usem com os devidos cuidados”, ensejou.
Freire acrescenta que a INB está planejando e estudando novas formas para poder ajudar. "Como empresa estatal dependente do governo é vedada de fazer doações em ano eleitoral. Essa ação com as máscaras já foi uma forma de tentar ajudar e nós estamos visualizando outras maneiras, mas aí no sentido de voluntariado do nosso pessoal, tão logo voltemos as atividades normais", adianta.