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Secretário de saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, prevê Covid-19 ainda pior no início de 2021

Sexta / 18.12.2020

Por Redação Sertão Hoje

Segundo o Secretário, a maior movimentação de pessoas nos feriados de Natal e Réveillon vai refletir no aumento de casos 15 dias depois. (Foto: Divulgação / Sesab)

Nesta sexta-feira (18), em entrevista ao Jornal Correio, o Secretário da Saúde da Bahia (Sesab), Fábio Vilas-Boas, ao ser questionado se a Bahia está numa 2ª onda da pandemia de Covid-19, disse que a previsão é de um cenário ainda pior para o início de 2021, por conta dos festejos de fim de ano.

• Bahia registra 4.920 novos casos e 29 mortes pela Covid-19 nessa quinta-feira (17);

“Tenho uma lamentável convicção que vai haver uma piora com o Natal e o Réveillon. Isso vai se expressar 15 dias depois, com o aumento da taxa de contágio, e um mês depois, com o aumento do número de óbitos. É inevitável”, explicou Vilas-Boas, destacando que “muitas pessoas não vão deixar de visitar seus parentes, não vão deixar de fazer festas particulares. Muitas pessoas vão visitar sua vovozinha, sua tia, sua mãe, e vão, infelizmente, levar a doença. E elas irão morrer um mês depois.”

Em relação à vacinação da população baiana, o secretário destacou a possibilidade do Governo do Estado de comprar 50 milhões de doses da vacina russa, a Sputnik V, e de que a logística de distribuição dessa vacina se daria pelas Secretarias Municipais de Saúde. “Temos 30 centros regionais em nossa cadeia de frio, que é uma rede de salas climatizadas com ar-condicionados ligados no gerador 24 horas”, explicou Vilas-Boas, destacando que “temos uma rede que a temperatura fica mantida entre 2 e 8 graus. Isso é um patrimônio, investimento que foi feito nos últimos anos. Também compramos freezers, os ultracongeladores, que ficarão em cada uma dessas salas”.

• Confira aqui a entrevista de Fábio Vilas-Boas ao Jornal Correio na íntegra;

A previsão do secretário é que sejam 4 meses de vacinação dos profissionais de saúde, dos mais idosos e dos mais frágeis e vulneráveis, e depois desses meses, serão vacinadas o restante da população, o que deverá ocorrer apenas em junho ou julho. “Até lá, temos que manter todas as medidas de proteção. Ninguém está livre do risco, estamos vendo pessoas saudáveis morrerem. Precisamos manter todas as medidas de proteção até termos nossa população toda vacinada. O fato das pessoas com mais risco estarem vacinadas não significa que pessoas com menos risco vão deixar de morrer”, alertou.

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