Prefeitura de Guanambi publica Nota de Pesar pelo falecimento de Carlos Bonfim
Segunda / 21.02.2022
Por Redação Sertão Hoje
Natural de Brumado, o empresário Carlos Bonfim é irmão do ex-deputado estadual e atual conselheiro do CE-BA, João Bonfim, e tio do atual deputado estadual Vitor Bonfim.
A Prefeitura de Guanambi publicou Nota de Pesar pelo falecimento do empresário Carlos Newton Vasconcelos Bonfim, de 73 anos, ocorrido na madrugada deste domingo (20), em São Paulo (SP), onde fazia tratamento médico. Confira ao final da matéria, no ‘leia mais’, uma breve biografia publicada na nota.
Carlos Bonfim, como era conhecido, nasceu em Brumado, também no sudoeste baiano, mas morava em Guanambi há muitas décadas, “sendo um dos precursores do desbravamento do Vale do Iuiu, que impulsionou, mudou realidade e a economia regional e colocou nossa cidade em outro patamar comercial e de desenvolvimento”, informou a nota, enfatizando ainda que Carlos é irmão do ex-deputado estadual e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA), João Bonfim, e tio do atual deputado estadual Vitor Bonfim.
O prefeito Nilo Coelho (UB), o vice Arnaldo Azevedo e toda equipe da Prefeitura de Guanambi informaram na nota que “solidariza com os familiares, parentes e amigos, rogando o necessário conforto na fé e no exemplo de coragem e força de um grande empreendedor sertanejo, que deixa um legado de trabalho, não só em Guanambi, mas em todo o Brasil. A nota destaca ainda o reconhecimento obtido por Carlos Bonfim por onde ele passou, como quando em 2009 ele recebeu da Câmara Municipal o Título de Cidadão Guanambiense pelo trabalho empresarial e visionário ao logo de sua trajetória empreendedora, sendo considerado um dos maiores produtores de algodão do Norte-Nordeste dos últimos tempos. O empresário baiano também se destacou em outros estados, a exemplo do Mato Grosso, quando em 2022 recebeu o título de cidadão mato-grossense pela Assembleia Legislativa desse ente, a ALMT. Carlos Bonfim também foi um dos fundadores e presidiu a Associação dos Produtores de Algodão (ABRAPA) e a Associação de Beneficiadores de Algodão do Estado da Bahia (ABAPA).
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Carlos Bonfim
Em 23 de setembro de 1948, na cidade de Brumado-BA, nasceu Carlos Newton Vasconcelos Bonfim, sendo o terceiro dos sete filhos do casal Maria de Lourdes Vasconcelos Bonfim e José Bonfim da Silva. Ainda jovem, despertou interesse pelo comércio atacadista, seguindo uma tradição da família Bonfim. Casou-se em 1971, na cidade de Guanambi- BA, com Kátia das Graças Macedo Bonfim, onde passou a residir. E dessa união nasceram seus filhos: Carla Katharine, Carlos Newton Vasconcelos Bonfim Júnior, Lara, José Bonfim Neto e Milena Luisa.
Na década de 1970, o Estado da Bahia destacou-se como produtor de algodão (3º maior do Brasil), sendo o Vale do Iuiu, na região do médio São Francisco, o local onde concentrou-se a maior parte dos quase 500.000 hectares plantados do chamado Ouro Branco. Com esse novo mercado, seu tino comercial e, mais uma vez, a tradição de família, já que seu avô materno beneficiava algodão em Brumado-BA levou o jovem empresário a ingressar no ramo do plantio e da comercialização, criando no ano de 1976 a Bial Algodoeira, onde implantou a sua primeira usina beneficiadora, tendo alcançado a ambiciosa meta de funcionar 10 unidades em Guanambi e região, chegando, também, a cultivar 6.000 hectares. Com competência e muito trabalho, firmou-se na atividade, tornando-se o maior beneficiador do Norte-Nordeste e referencia nacional.
Com o surgimento da “Praga do Bicudo” no sudoeste da Bahia, no início da década de 1990, a cultura do algodão no Estado entrou em crise, oportunidade em que a Bial, através do seu Diretor-presidente Carlos Bonfim, buscou a diversificação dos seus ativos, no ramo de revenda de automóveis, criando as subsidiárias Bial Veículos, na grande Salvador, e, em Brasília, também, adquiriu uma fábrica da Coca-Cola em Vitória da Conquista-BA. Nessas atividades sentiu-se à vontade, o que o levou a pesquisar em várias regiões do país um local que lhe proporcionasse condições de retornar ao negócio do qual é profundo conhecedor e que, efetivamente, gostava de fazer, que é plantar e beneficiar algodão.
Resultou tais pesquisas a uma visita, no ano de 1994, ao Estado do Mato Grosso, onde a sua agregada percepção lhe indicou a cidade de Rondonópolis como seu novo eldorado, em função do franco desenvolvimento e qualidade das terras e seu povo hospitaleiro. No ano seguinte, a Bial já inaugurava a sua primeira unidade beneficiadora nesta cidade e, a partir daí, com o significativo crescimento da produção, houve, também, o aumento de novas instalações industriais em várias regiões do Estado, gerando milhares de empregos para pessoas que vinham de todo o Brasil.