Previdência só será votada em Plenário na próxima semana, anuncia Alcolumbre

Quarta / 25.09.2019

Por Juliana Gonçalves / AGR+

Para passar a valer, o texto principal da reforma precisa dos votos favoráveis de, pelo menos, 49 senadores, em dois turnos de votação. (Foto: Marcos Brandão / Senado)

Em acordo com os líderes partidários, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), decidiu adiar para a próxima terça-feira (1º) a análise das emendas da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), assim como a votação, em primeiro turno, no Plenário da Casa. Alcolumbre afirmou que a alteração de data não impede o cumprimento do calendário divulgado inicialmente para aprovação da reforma da Previdência, previsto para 10 de outubro. “Nós restabelecemos esse prazo porque no acordo construído hoje, vota-se na CCJ na terça pela manhã, e na terça à noite no Plenário, em primeiro turno. Ou seja, continua o prazo estabelecido da primeira quinzena de outubro”, ressaltou Alcolumbre.

Para ser promulgado e passar a valer, o texto principal da reforma da Previdência precisa dos votos favoráveis de, pelo menos, 49 dos 81 senadores, em dois turnos de votação no Plenário. O mesmo vale para a chamada PEC paralela. Esse texto alternativo foi criado para inserir estados e municípios na reforma, trecho que ficou de fora do texto aprovado na Câmara.  A ideia dos senadores é que a PEC paralela substitua as alterações que seriam feitas na redação original da reforma, o que evitaria atraso na tramitação e nova rodada de análise por parte dos deputados.

A emenda a ser votada na CCJ na próxima terça-feira (1) se trata da única acatada na última semana pelo relator da reforma da Previdência, Tasso Jeiressati (PSDB-CE). O destaque, apresentado pelo senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), mantém a integralidade de benefícios variáveis concedidos a servidores públicos estaduais e municipais no valor da aposentadoria. Esses benefícios incluem, por exemplo, gratificações por produtividade e cursos de especialização.  Pela proposta inicial do governo, aprovada pela Câmara, isso seria alterado, visto que esses bônus seriam aplicados proporcionalmente ao tempo de trabalho do servidor. Com a decisão de Jereissati, esses trabalhadores permanecem com o direito de incorporar os benefícios do último salário à aposentadoria, como já ocorre atualmente.