Câmara de Brumado: presidente da Aucib realizou prestação de contas e protestos contra obrigatoriedade no ensino em tempo integral

Terça / 03.03.2020

Por Redação Sertão Hoje

Genivaldo Azevedo estará deixando a presidência da entidade para concorrer às eleições municipais deste ano, em outubro. (Foto: Ascom CM Brumado)

O presidente da Auditoria Pública Cidadã Brumadense (Aucib), Genivaldo Azevedo, utilizou a tribuna livre da Câmara de Vereadores de Brumado, na sessão de segunda-feira (02), para prestar contas de sua gestão à frente da Aucib que está se encerrando, já que ele irá se afastar para concorrer às eleições municipais deste ano, em outubro. Na ocasião, Genivaldo relatou as inúmeras ações que a entidade representou nos mais diversos órgãos, como o Ministério Público (MPF e MP-BA) e a Polícia Federal (PF), os quais, segundo ele, já começam a ter resultados satisfatórios. “Muito em breve o resultado do nosso trabalho terá uma grande visibilidade, podem ter certeza disso”, garantiu. Genivaldo explicou ainda que está deixando o comando da entidade, mas que continuará fazendo parte da diretoria, assegurando que a linha de trabalho será a mesma pela competência da nova diretoria. Genivaldo destacou também a expansão do raio de atuação da Aucib para outros municípios da Bahia.

Genivaldo Azevedo aproveitou ainda para criticar a obrigatoriedade dos alunos terem de ficar todo o período diurno nas escolas que hoje funcionam todas no sistema integral. “Em nenhum local do país isso acontece. É uma arbitrariedade que não podemos aceitar, por isso a Aucib vai entrar com uma representação, nos próximos dias, no Ministério Público contra isso”, acentuou Azevedo, citando ainda que “o MEC preconiza que até 2024, 50% das escolas funcionem em tempo integral, mas aqui em Brumado isso já está ocorrendo, mas de forma imposta, sem que os pais pudessem ser ouvidos”. Ele ainda observou que “em momento algum somos contra a Escola em Tempo Integral, temos a consciência que ela é muito positiva para os pais que têm que trabalhar o dia inteiro. Sabemos que a merenda é boa e que os cursos oferecidos no contraturno são bons, mas não podemos aceitar que os filhos tenham que ser obrigados a ficar, pois alguns pais, especialmente os que têm que trabalhar durante a noite, têm o direito de ver os seus filhos no período da tarde, onde as matérias não são obrigatórias”. Muito aplaudido por um grupo de pais e alunos que compareceu à sessão, ele encerrou garantido que irá até as últimas consequências para derrubar essa obrigatoriedade.