Bahia: Secretário da Saúde diz que ainda não é o momento de flexibilizar as medidas de combate ao coronavírus

Sexta / 05.06.2020

Por Redação Sertão Hoje

Fábio Vilas-Boas concedeu entrevista á rádio A TARDE FM nesta quinta-feira (04). A Bahia está com 14.243 casos ativos e 790 mortes contabilizadas. (Foto: Shirley Stolze / A TARDE)

O secretário da Saúde da Bahia (Sesab), Fábio Vilas-Boas, afirmou que ainda não é o momento de flexibilizar medidas de combate ao coronavírus no estado. Segundo Vilas-Boas, a Bahia está longe da estabilização da quantidade de casos da doença e o estado não conseguiu montar todos os leitos necessários para atender a um possível aumento da demanda por internações, caso as medidas de flexibilização provoquem explosão no número de contaminados. Além disso, conforme Vilas-Boas, já começou a faltar, no mercado nacional, medicamentos para pacientes mais graves.

Fábio Vilas-Boas concedeu entrevista á rádio A TARDE FM, que também foi publicada no jornal, nesta quinta-feira (04). Nesta quinta-feira (04), a Bahia registrou 14.243 casos ativos e 790 mortes – confira mais aqui

‘Se a decisão fosse minha, não [autorizaria a flexibilização]. Não conseguimos abrir todos os leitos de UTI que precisamos abrir e não sabemos se conseguiremos abrir pela falta de equipamentos e medicamentos no mercado nacional. Medicamentos necessários para manter pacientes em ventilação mecânica estão em falta no país inteiro, o insumo está em falta no mundo. Se você montar matriz de risco, você vai encontrar que o número de ameaças é muito superior ao número de vantagens que essas medidas estão trazendo’, alertou o secretário, que também pediu que os prefeitos monitorem bem o impacto da flexibilização nas taxas de contágio para que isso não impacte na tendência de estabilização da doença na Bahia. ‘Qualquer medida de flexibilização traz risco de retorno da taxa de contágio, e ela precisa ser muito bem avaliada e monitorada. Vamos torcer para que seja feito de forma adequada e que a gente possa continuar observando essa tendência de redução na quantidade de casos, dia após dia, que isso não venha a impactar’, afirma.