Jequié: Prefeito não reconhece afastamento e desafia presidente da Câmara: “Se provar legalidade do seu ato eu renuncio ao mandato”

Quarta / 17.06.2020

Por Redação Sertão Hoje

O afastamento se deve a investigação do MP-BA sobre os prejuízos de aproximadamente R$ 5 milhões ao Iprej, além de altos gastos com publicidade. (Foto: Marcos Cangussu)

O prefeito de Jequié, Sérgio da Gameleira, em entrevista ao programa Jornal da Nova, afirmou que não reconhece a decisão de afastamento ocorrida em sessão da Câmara de Vereadores na terça feira (16). O afastamento se deve a investigação do Ministério Público Estadual (MP-BA) sobre os prejuízos de aproximadamente R$ 5 milhões ao Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Jequié (Iprej), além de altos gastos com publicidade, causados pelo prefeito - confira mais aqui

“Tenho muito receio de que isso se transforme em uma rotina nos municípios. Não se pode entregar de qualquer forma um prefeito que foi eleito pela população democraticamente pela vontade popular. Você vê uma câmara que rasgou, dilacerou o regimento interno com interesses próprios. Eu nunca fui notificado. o que aconteceu ali foi um crime de prevaricação. Pela lei, presidente só vota em questão de afastamento em momento de empate. A oposição tinha 9 votos e precisava de 10 para que a denuncia fosse aceita. O presidente, de forma irresponsável, como faz parte do grupo de oposição, utilizou-se de uma prerrogativa que não é dele para conceder o décimo voto”, comentou Sérgio, desafiando em seguida o presidente da Câmara de Jequié, vereador Emanuel Campos: “Deixo aqui um desafio ao presidente para que ele me prove a legalidade do seu ato. Se ele o fizer, de acordo com o decreto 201/1967 da Lei Federal onde não consta que o gestor deva ser afastado num processo de investigação, eu renuncio ao meu mandato”, disse.

Sérgio da Gameleira também criticou os vereadores de oposição e o acusaram de crime de prevaricação. “Eu não respondo a nenhum processo, mas há vários processos contra vereadores de oposição, inclusive por rachadinha e até assassinato. O pedido de afastamento do presidente da câmara não foi lido no dia e estava na pauta do dia, só foi lido o meu. Só vou obedecer a uma decisão judicial. Os vereadores que votaram nesse processo responderão a crime de prevaricação”.

As informações são do portal Ipiaú Online.