Bahia lidera número de transplantes de rim no Nordeste

Quinta / 20.08.2020

Por Redação Sertão Hoje

Os dados são da Sesab e foram divulgados nesta quarta-feira (19). Ao todo, foram realizados, no total, 282 transplantes de fígado, rim, córneas, medula e pele na Bahia.

Com 119 transplantes de rim realizados de janeiro a junho deste ano, a Bahia lidera o número de procedimentos no Nordeste e é o sétimo no Brasil. Os dados são da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) e foram divulgados nesta quarta-feira (19). Ao todo, foram realizados, no total, 282 transplantes de fígado, rim, córneas, medula e pele na Bahia.

De acordo com o Secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, “mesmo durante a pandemia de coronavírus, a Bahia não parou de realizar transplantes, pois montamos uma estrutura para captar com celeridade e realizar todos os testes necessários dentro do período máximo de cada órgão. Contamos, sempre que necessário, com o apoio logístico de aeronaves, tanto da Casa Militar e do Grupamento Aéreo da Polícia Militar da Bahia (GRAER), quanto da Força Aérea Brasileira (FAB)”.

Em 2015, a Bahia figurava entre os últimos estados em número de doações e transplantes, além de altas taxas de negativa familiar. “Estamos mudando essa realidade e isto só foi possível devido ao apoio incondicional do governador Rui Costa, que disponibilizou recursos do tesouro estadual para reduzir as dificuldades na realização de transplantes, incluindo estímulo financeiro às equipes médicas e hospitais, até o investimento em equipamentos, exames e medicamentos de alto custo na capital e interior”, destaca o secretário.

Os resultados do Programa de Transplantes da Bahia é fruto da ampliação do número de equipes transplantadoras, ampliação do programa de educação permanente e a modificação dos critérios de aceitação de órgãos, incluindo os limítrofes. A coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes, Rita Pedrosa, diz que “progressivamente estamos reduzindo a taxa de negativa familiar, que já alcançou 76% e hoje está na casa de 50%. Dentre os motivos, as famílias alegam desconhecimento sobre processo de doação ou questões religiosas”.

O processo se inicia com a identificação de um potencial doador que se encontra nas unidades hospitalares, geralmente em emergências ou unidades de Terapia Intensiva (UTI). Após criteriosa etapa de exames e avaliações, preconizados pelo Conselho Federal de Medicina através das resoluções Nº 1480/97 e 2.173/17, é efetuado o diagnóstico de morte encefálica. Confirmado o óbito, os familiares são informados e uma equipe especializada e treinada presta apoio emocional à família e oferece a possibilidade de doação de órgãos e tecidos. Com o consentimento familiar, procede-se a retirada dos órgãos e tecidos doados. A retirada de órgãos e tecidos doados é realizada por equipes treinadas e habilitadas pelo Sistema Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde.

O mês de setembro é chamado de “Setembro Verde” em função do dia 27, dedicado aos santos gêmeos, Cosme e Damião, que são considerados patronos dos transplantes e apontados como responsáveis pelo primeiro transplante realizado no mundo – o transplante de uma perna, retratado por um pintor espanhol do século XVI, em tela que se encontra exposta no Museu do Prado, na Espanha.

Os dados são da Sesab e foram divulgados nesta quarta-feira (19). Ao todo, foram realizados, no total, 282 transplantes de fígado, rim, córneas, medula e pele na Bahia.