Itambé: pescaria é proibida no Rio Verruga após surgimento de lama escura e 100 mil peixes mortos

Segunda / 13.09.2021

Por Redação Sertão Hoje

Técnicos das prefeituras de Itambé e Vitória da Conquista inspecionaram a água e colheram amostra para análise. (Foto: Divulgação / Prefeitura de Itambé)

A pescaria no Rio Verruga foi proibida pela Prefeitura de Itambé, município do sudoeste baiano, durante as investigações sobre o surgimento de mais de 100 mil peixes mortos e água em tom escuro em trecho próximo à ponte da Rua Nova. Os primeiros casos aconteceram no dia 5 de setembro. As informações são da TV Bahia.

O rio nasce na Serra do Periperi, em Vitória da Conquista, e desagua no Rio Pardo, em Itambé, município vizinho. As secretarias municipais de Meio Ambiente da ambos estiveram no trecho do rio que corta os municípios e coletaram amostras da água para serem inspecionadas nos laboratórios da Universidade Estadual do Sudoeste (UESB) e da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), que foi notificada para fazer a análise em todo o perímetro do rio.

Inicialmente, as amostras não apresentaram alteração, mas de acordo com o órgão ambiental de Itambé, os resultados preliminares confirmaram a presença de uma lama densa em um trecho abaixo da Serra do Marçal. O material ainda está sendo analisado e pescaria na região ficará proibida até a entrega do laudo. A suspeita é que a lama esteja partindo da nascente do rio, em Vitória da Conquista, e seguindo o curso até Itambé. Também está sendo analisada a possibilidade de contaminação por esgoto no local.

“Essa lama, tudo indica que tenha causado a questão da mortandade dos peixes. Tudo indica que houve uma queda grande no PH da água, com isso os peixes ficaram sem oxigênio e recolhemos o material, notificamos o Inema e o Ministério Público", disse o vice-prefeito de Itambé e também secretário do Meio Ambiente, Bruno Lopes, que revelou ainda que a Secretaria prepara um laudo para saber o tamanho do impacto ambiental e espera o resultado da análise da lama para saber o que causou o problema. "Estamos tentando saber quem foi o causador disso, o grande culpado, porque o impacto causado aqui foi muito grande", afirmou Bruno Lopes.