Mosquito da Dengue precisa ser combatido durante todo o ano, diz especialista

Segunda / 22.11.2021

Por Janary Bastos Damacena / Brasil 61

De acordo com o Ministério da Saúde, foram notificados 918.773 casos prováveis de Dengue no país. (Foto: Pixabay)

De acordo com o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde foram notificados 918.773 casos prováveis de Dengue no país, sendo a taxa de incidência de 437,2 casos para cada 100 mil habitantes. Os dados apontam que a região Centro-Oeste apresentou a maior incidência com 1.149,5 casos/100 mil habitantes; seguida das regiões Sul, com 929,5 casos/100 mil habitantes; Sudeste com 339,2 casos/100 mil habitantes; o Nordeste com 234,0 casos/100 mil habitantes e o Norte do país com 105,8 casos/100 mil habitantes.

A Dengue é uma doença febril grave, causada por um arbovírus, ou seja, um vírus transmitido por picada de insetos, especialmente os mosquitos. No caso da Dengue, esse vetor é o mosquito Aedes Aegypti, que também é o principal transmissor do Zika Vírus e da Chikungunya. Ainda não existem vacinas ou medicamentos para combater a Dengue, que pode, inclusive, levar à morte. Os sintomas variam de acordo com a pessoa, mas, em geral, são dores no corpo, dor de cabeça, falta de apetite e febre maior que 38ºC.

O Aedes Aegypti precisa de água parada para se proliferar e o período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos de cada região, mas é importante manter a higiene e evitar água parada todos os dias, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano até encontrar as melhores condições para se desenvolver. “É fundamental combater o mosquito da Dengue, pois ele é o vetor da doença. Não existe Dengue sem o mosquito. Então, se eu combato o mosquito, eu passo a não ter casos dessa doença viral na minha redondeza, na minha vizinhança, no meu município. Então é fundamental e não pode acontecer esse olhar para combater o mosquito só perto do verão. Tem que acontecer o ano inteiro para que se possa tirar os criadouros do mosquito ali da região”, explica a médica infectologista, Rebecca Saad, que também é coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (CEJAM).