PIB cresce 4,6% em 2021 e país retoma patamar anterior à pandemia, diz IBGE

Domingo / 06.03.2022

Por Felipe Moura / Brasil 61

Esse resultado positivo está um pouco acima do que o mercado financeiro previa, e foi impulsionado pelos setores de serviço e indústria. (Foto: Agência Brasil)

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 4,6% em 2021. Em valores correntes, a soma dos bens e serviços que o país produziu totalizou R$ 8,7 trilhões e recuperou as perdas da economia causadas pela pandemia da Covid-19. Já o PIB per capita foi de R$ 40.688,10 o que representa alta de 3,9% em relação a 2020. Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira (04).

Em 2020, após a chegada da Covid-19 ao país, a economia brasileira encolheu 3,9%. O crescimento de 4,6% em 2021 está um pouco acima das projeções do mercado financeiro, que até o fim do ano passado falavam em alta de 4,5% do PIB, enquanto o governo, mais otimista, estimava elevação de 5,1% da atividade econômica. O PIB do quarto trimestre de 2021 cresceu 0,5% na comparação com o resultado do terceiro trimestre do ano, que vinha de queda de 0,1%. Vale lembrar que no primeiro trimestre do ano passado a economia subiu 1,4% e, no segundo, caiu 0,3%. Já em relação ao quarto trimestre de 2020, o PIB dos últimos três meses de 2021 aumentou 1,6%.

O professor e economista Adriano Paranaíba ressalta que o resultado do PIB é maior do que o previsto por boa parte dos analistas. “A expectativa do mercado era de 4% a 4,5%. Ou seja, esse resultado surpreende porque ficou um pouco [acima], por mais que se fale um pouco, mas pra um ano com cenário de pandemia que nós tivemos, podemos, sim, colocar que é uma surpresa muito positiva”, analisa.

Margarida Gutierrez, economista e professora do Coppead/UFRJ, lembra que o crescimento da economia brasileira também está acima das projeções do início do ano passado. “As estimativas, em média, eram de um PIB crescendo 3,6% a 3,7%.  Ao longo do ano, essas previsões foram sendo revistas para cima e acho que tem a ver com o processo de abertura da economia, com o avanço do controle da pandemia e o avanço da vacinação. Isso também gerou, além de expectativas mais favoráveis, a abertura de importantes segmentos, como o setor de serviços”, destaca.
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