Durante evento em Brasília, Rui Costa afirma que Rio São Francisco precisa de sobrevivência autônoma

Sexta / 12.08.2016

Por Redação Sertão Hoje

A explanação aconteceu durante o evento ‘Diálogo Público: Revitalização do São Francisco’, promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) ontem (11) (Foto: Reprodução).

O governador Rui Costa retornou a Brasília para levar suas considerações sobre a vida de um dos rios mais importantes do País, o São Francisco. A explanação aconteceu durante o evento ‘Diálogo Público: Revitalização do São Francisco’, promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) ontem (11), na sede do órgão. ‘Ou construímos uma governança que envolva poder público, sociedade civil, produtores e proprietários de terra, ou vamos viver dos 'soluços' de investimentos federais. Por mais importantes que elas sejam, não asseguram de fato a preservação das águas do Velho Chico, condenando-o a um fim rápido’, afirmou o governador. Além do alerta, Rui apontou caminhos. De acordo com ele, a principal ideia é que parte do lucro que o uso da água proporciona seja devolvida ao rio em ações de revitalização e manutenção. Outra sugestão é estruturar um novo marco legal que torne a bacia hidrográfica do Velho Chico sustentável, o que depende do poder Legislativo nacional. Rui disse ainda que não basta fiscalizar.

O governador também propôs que seja instituída rapidamente a cobrança do uso da água. ‘Não pode ser punição’, enfatizou ao exemplificar que se a água será para gerar energia, parte dos recursos oriundos do lucro deve garantir a revitalização do rio. Ao sugerir mais educação ambiental, o governador comentou sobre a produção de mudas de árvores nas escolas públicas do estado para enraizar o conceito de preservação do rio. E ainda que o Ministério da Educação fizesse medidas nesse sentido, a exemplo de cartilhas e vídeos. O trabalho conjunto também fez parte da explanação do gestor baiano. Para Rui, as parcerias permitem ações mais rápidas, a um custo menor e de forma mais eficiente.

O Velho Chico percorre os estados de Minas Gerais, Bahia, Alagoas, Pernambuco, e Sergipe. As águas cortam 2.700 quilômetros do território brasileiro e são fonte para a economia e o desenvolvimento, principalmente no semiárido nordestino. Acompanharam as discussões o secretário estadual da Casa Civil, Bruno Dauster, o secretário de Meio Ambiente, Eugênio Spengler, e o representante do Governo da Bahia em Brasília, Jonas Paulo. O painel ‘Como assegurar água para usos múltiplos na Bacia do São Francisco?’, teve a participação de outras autoridades, todas sob moderação do ministro substituto do tribunal, Marcos Bemquerer Costa.