Sindicato diz que bancos fazem ameaças aos funcionários para que encerrem a greve

Segunda / 19.09.2016

Por Redação Sertão Hoje

O Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região disse que recebeu denúncias sobre o Bradesco e o Santander, por estarem pressionando os bancários.

Na última quinta-feira (15), os bancários e a Fenaban estiveram em uma mesa de negociações e, mais uma vez, não obteve acordo entre as partes. Em nota enviada à nossa Redação, o Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região diz que, ‘as instituições financeiras insistiram em promover o rebaixamento salarial da categoria, com um reajuste 2,62% abaixo da inflação. Na tentativa de enfraquecer a luta, os banqueiros apelaram para o assédio moral e ameaça aos funcionários. O Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região recebeu denúncias durante toda a manhã desta sexta (16) sobre o Bradesco e o Santander, por estarem pressionando os bancários, por meio de ligações, para que voltassem aos seus postos de trabalho’.

A greve é um direito garantido pela Constituição, pois é o a única forma dos trabalhadores organizados pressionarem os patrões após uma negociação fracassada. A categoria bancária tem tentado negociar desde o dia 9 de agosto, data quando foi entregue a pauta de reivindicações Fenaban. A pauta cobra das instituições financeiras mais contratações, fim das metas abusivas, mais investimentos em segurança, reajuste salarial com reposição da inflação, aumento real, entre outros pontos fundamentais para a garantia do emprego e da remuneração.  Segundo os bancários, a cobrança se justifica, pois somente no primeiro semestre deste ano, os cinco maiores lucraram R$ 29,7 bilhões, o que os coloca como as empresas que mais lucram no Brasil.

Diante disso, a greve deve continuar na próxima semana até que uma nova proposta seja feita pela Fenaban. ‘Diante do desrespeito e da frustração dos bancários e da população, que aguardaram uma proposta dos bancos atendendo às necessidades da categoria, a única opção é a manutenção e o fortalecimento do movimento grevista’, afirma o presidente do SEEB/VCR, Paulo Barrocas.