Urandi: após baderna em Prefeitura, Juiz concede liminar impedindo que grevistas entrem em prédios públicos

Sexta / 17.04.2015

Por Leonardo Oliva

Na última terça-feira (14), professores da rede municipal de ensino de Urandi, cidade localizada próximo a Guanambi, que estão em greve, invadiram o prédio da Prefeitura Municipal e realizaram uma verdadeira baderna, dando pancadas e chutes nas portas, ofendendo funcionários, quebrando objetos e ameaçando quebrar tudo. Segundo informações, a ação teria sido comandada pela ex-vereadora e atual presidente do sindicato, Idalina Gonçalves Magalhães. A Polícia Militar foi acionada e uma guarnição foi enviada para o local e tentou acalmar os ânimos, mas não obteve sucesso. Após a baderna, os grevistas deixaram o prédio e avisaram que voltariam no dia seguinte para 'quebrar tudo'. Funcionários da Prefeitura de Urandi estiveram na Delegacia de Polícia e registraram um Boletim de Ocorrência (BO) por 'desacato e violação e dano a prédio público'. Por receio que a baderna voltasse a se repetir, a Assessoria Jurídica da Prefeitura de Urandi entrou com uma Ação Cautelar Inominada contra o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Urandi requerendo liminar que impedisse a entrada dos grevistas em prédios públicos. Em sua decisão, o Juiz de Direito Pedro Silva e Silvério considerou que o direito de fazer greve é legítimo, mas que é preciso observar os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, de forma que este direito não prejudique os direitos dos outros. Ele destacou ainda que 'os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei' e determinou que os representantes do sindicato e grevistas ficam impedidos de adentrar prédios públicos, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. Até o fechamento desta matéria, tentamos contato, sem sucesso, com a presidente do Sindicato dos servidores públicos municipais de Urandi.