Bahia: Assembleia delibera que policiais civis vão aderir às manifestações da Greve Geral do dia 28 de abril

Terça / 11.04.2017

Por Jaqueline Barreto

A greve é em protesto à PEC da Reforma da Previdência, à proibição pelo STF de realizar greves e paralisações, e a Reforma Trabalhista defendida pelo governo de Michel Temer.

A Assembleia realizada pelos servidores da Polícia Civil da Bahia, na manhã desta terça-feira (11), deliberou que a categoria vai participar das manifestações da Greve Geral, marcada para 28 de abril. A greve é em protesto à PEC da Reforma da Previdência, que pretende retirar o direito da Aposentadoria Especial dos policiais, à proibição pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de realizar greves e paralisações, aprovada nesta semana, e a Reforma Trabalhista defendida pelo governo de Michel Temer. A categoria vai distribuir faixas nas delegacias de todo o Estado, mobilizar todas as unidades da Polícia e vai estar presente nos atos políticos da região do Iguatemi e dos municípios do interior baiano.  A assembleia ocorreu na Associação dos Funcionários Públicos (AFPBA), localizada na Carlos Gomes. Na ocasião, os policiais civis vão denunciar a ausência de retorno do Governador Rui Costa em relação ao Ante-Projeto que foi entregue a SAEB, em outubro de 2016, e que tem como principal reivindicação a Reestruturação Salarial de todas as carreiras.

Para o Presidente do SINDPOC, Marcos Maurício, a decisão dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, de proibir o direito de greve da Polícia Civil, possui um caráter político e não jurídico, pois contradiz a própria Constituição Federal Brasileira. "A nossa Constituição prevê que as Forças Armadas não podem promover greves. Mas as Polícias Civil e Militar tem a autorização jurídica para fazê-las. Nós não vamos recuar, vamos fazer diversas mobilizações em substituição às paralisações!", garantiu Marcos Maurício. Segundo Ary Alves, Presidente da Associação dos Investigadores (ASSIPOC), a Reforma da Previdência tem como objetivo retirar dos servidores a Aposentadoria Especial, medida que representa um grande retrocesso à categoria. "Atualmente, os homens da Polícia se aposentam com 30 anos de serviços prestados e as mulheres 25 anos. A Reforma da Previdência pretende alterar para 49 anos de prestação de serviço à Polícia. Além disso, o servidor, tanto homens como mulheres, deverão estar na faixa etária a partir de 65 anos. Um absurdo", criticou Alves. O Escrivão Luiz Carlos, Presidente da Associação dos Escrivães(AEPB), destacou que o policial civil quando se aposenta tem uma perda financeira mensal, diferente da Polícia Militar. "A situação vai ficar mais complicada com a Reforma da previdência", frisou o presidente.

A categoria vai distribuir faixas nas delegacias de todo o Estado, mobilizar todas as unidades da Polícia e vai estar presente nos atos políticos.